Cerca de 500 integrantes de comunidades indígenas e quilombolas tem se capacitado em atividades de geração sustentável de produtos florestais e em acesso ao mercado.
O projeto ‘Inova Sociobio’, implementado pelo Estado do Pará, tem enfoque na execução de políticas de combate aos efeitos das mudanças climáticas e, assim, objetiva gerar renda ao mesmo passo em que beneficia, principalmente, jovens e mulheres de comunidades indígenas, quilombolas e extrativistas, por meio da capacitação em empreendedorismo e inovação em atividades de bioeconomia, além de prestar mentoria para bioempresas.
A iniciativa já recebeu investimentos de mais de R$ 1 milhão e, atualmente, capacita cerca de 500 integrantes de comunidades indígenas e quilombolas em atividades de geração sustentável de produtos florestais e em acesso ao mercado.
“A comunidade executa, não importa o tamanho do recurso, e o projeto empodera a comunidade para refletir a cada passo do coletivo. É desafiador construir algo coletivo e comunitário na Amazônia”,
diz José Ivanildo Brilhante, extrativista do município de Gurupá e coordenador do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS).
O projeto foi implementado pelo Estado no primeiro ano de execução de seu Plano de Bioeconomia – modelo de transição econômica baseada em atividades produtivas de baixa emissaõ de carbono – no início de 2022.
Para Ivanildo Brilhante, o Inova Sociobio é a construção coletiva de um sonho de consumo das comunidades tradicionais. “Iniciativas como o Inova Sociobio são um sonho de consumo destes povos. Um sonho de ter um crédito diferenciado e atualizado, o uso do recurso natural da forma que a natureza suporta. O sonho desses atores sociais é melhorar de vida, ganhar visibilidade e que os seus produtos sejam consumidos também por atores conscientes e que suas famílias se sintam felizes por estar ganhando dinheiro, mas mantendo a floresta viva e manejada”, afirma.
*Com informações da Agência Pará