Yulimar aprendeu a costurar com a avó ainda criança. Hoje ela vende suas próprias peças em feiras e dá cursos sobre o tema para outras refugiadas e migrantes.
“Muitas vezes, a ideia de empreender vem ligada a algum interesse que nos move. Escolher em que área atuar nos dá oportunidade de trabalhar com o que amamos”,
ressalta a venezuelana Yulimar.
Ela conta que aprendeu, ainda criança, a costurar com a avó, mas na Venezuela isso nunca tinha virado de fato um trabalho. Chegando ao Brasil, porém, a necessidade de recomeçar a vida transformou essa paixão em uma fonte de renda. “Eu tinha sete anos quando aprendi a costurar com a minha avó, é nela que eu me inspiro, e essa é uma das coisas que mais amo na vida”, lembra.
Há quatro anos, Yulimar se mudou para Roraima com o filho de 15 anos e o marido. Desde que chegou ao país, ela tem estado à frente de diferentes iniciativas, desde a produção e venda de roupas até realização de cursos sobre costura e bordado. Ela também tem investido seu tempo em aprender sobre tudo o que pode ser uma fonte de renda para a família.
“Além de aprender algo novo, acredito que esses encontros são ótimas oportunidades de conhecer outras mulheres que estão na mesma situação que eu, que vieram de onde eu vim”, destaca. “Eu ensino outras venezuelanas a costurarem, também aprendi mais sobre panificação e sobre diversos outros assuntos, a cada curso que faço. Essa troca é maravilhosa”, completa.
Ela também conta que se sente mais forte a cada encontro:
“Conheci muitas pessoas especiais e estamos lutando pelas mesmas coisas. Nós queremos que as nossas vozes sejam ouvidas, que nossos direitos se levantem. Precisamos ser protegidas como mulheres e mães estrangeiras e acredito que estarmos juntas nos dá força”.
Assista ao vídeo com a história de Yulimar: