Bonecos de olinda de Armando Soeiro e Maria de Lourdes. Foto: Isaac Guerreiro/Portal AmazôniaMANAUS – A Banda Independente da Confraria do Armando popularmente chamada de Bica, é um dos primeiros grandes eventos do Carnaval de Manaus. Em 2015, a banda conhecida por marchinhas que tratam de assuntos polêmicos, comemora 30 anos com o tema “Bar do Armando é patrimônio cultural, mas continua metendo a Bica em político lalau”.De acordo com Roberto Carvalho, genro do fundador da banda e um dos organizadores da festa, mesmo com o reconhecimento de patrimônio as marchinhas deste ano não deixariam de dar algumas alfinetadas na política. “A festa é isso. A gente tem essa irreverência de brincar com esses temas para que as pessoas se divirtam. Hoje vai ser um dia muito animado”, explicou ao Portal Amazônia. A banda ‘sai’ todos os anos no Sábado Magro de Carnaval no Bar do Armando, patrimônio cultural e imaterial do Amazonas, localizado em frente ao Largo de São Sebastião.
Cláudio Soeiro, filha de Armando Soeiro. Foto: Isaac Guerreiro/Portal AmazôniaDe acordo com a filha de Armando, Cláudia Soeiro, a festa continua a manter suas tradições que fizeram da festa conhecida. “A Banda da Bica é tradição da região, não é mais nossa. Ela é da cidade de Manaus, do Estado do Amazonas. Esperamos continuar e manter essa tradição viva durante um bom tempo”. A festaA abertura da festa foi realizada pela bateria do Grêmio Recreativo Escola de Samba Reino Unido da Liberdade, popularmente conhecida como Furiosa. Um dos foliões animados era o professor aposentado, Clemente Tavares, que aos 66 anos continua firme e forte participando da festa. “Eu já vinha desde os primeiros Carnavais da banda e, com certeza, ela é para mim a melhor de Manaus. Por isso, todo ano eu venho para prestigiar”, disse o aposentado que levou a esposa.
Banda da Bica fechando a rua 10 de julho. Foto: Isaac Guerreiro/Portal AmazôniaEnquanto alguns se divertiam, outras aproveitaram o momento para empreender. A vendedora, Francine da Costa, estava com um varal de adereços e acessórios carnavalescos. “Eu e meu marido já fazemos isso há mais de 12 anos. A gente espera vender bastante e conseguir lucrar uns R$ 2 mil. Mas a gente tira uns minutinhos para se divertir na festa também”, disse Francine.O livroDe acordo com os organizadores da festa ainda neste ano, em comemoração aos 30 anos de Banda da Bica, será produzido um livro com a história da festa. No dia 10 de abril de 2016 será lembrado os quatro anos da morte do dono do Bar do Armando, e idealizador da Banda da Bica, o comerciante Armando Soeiro.
