Adepará realiza vigilância epidemiológica para peste suína no sudeste do Pará

O objetivo é prevenir e identificar precocemente casos de síndrome hemorrágica dos suínos, com ênfase na peste suína clássica

A Agência de Defesa Sanitária Animal do estado do Pará (Adepará) realizou vigilância epidemiológica em propriedades com criação de suínos no município de São Domingos do Araguaia, sudeste paraense, durante o último final de semana. O objetivo é prevenir e identificar precocemente casos de síndrome hemorrágica dos suínos, com ênfase na peste suína clássica, doença causada por um vírus e altamente contagiosa. O estado do Pará conta atualmente com um rebanho de suínos de 473.763 animais, localizados em 25.612 propriedades cadastradas na Adepará.

Animais e propriedades que os criam são constantemente acompanhados pela Adepará por meio do Programa Estadual de Sanidade Suídea (PESS), que desenvolve atividades voltadas para o controle e erradicação das principais doenças infecciosas que afetam o rebanho, especialmente as que se caracterizam por ter grande poder de difusão, consequências econômicas ou sanitárias graves e repercussão no comércio, como a peste suína clássica.

“A peste suína é uma das barreiras sanitárias nacionais e por ser atualmente considerado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como uma zona em processo de erradicação da doença, os animais criados no Pará não podem ser transportados, por exemplo, para estados que já apresentam o status de livre da doença da peste suína clássica”, explica a gerente do Programa da Sanidade Suídea e Equídea, Elaine Serrão.

Além da inspeção, os fiscais agropecuários realizaram atualização cadastral da propriedade. Atividades descritas no Regulamento Técnico do Programa Nacional de Sanidade dos Suídeos (PNSS), aprovado pela Instrução Normativa nº 47, de 18/6/2004, que prevê o controle sanitário oficial a ser realizado nos estabelecimentos de criação de suídeos que desenvolvam atividades relacionadas à produção, reprodução, comercialização, distribuição de suídeos e material de multiplicação de origem suídea, bem como impedir a introdução de doenças exóticas e controlar ou erradicar aquelas já existentes no Brasil.

O trabalho de inspeção, orientação e atualização cadastral foi realizado pela fiscal estadual agropecuária, Barbra Lopes, e pelos agentes fiscais agropecuários Francisco Cleiton Farias e Francisco André Costa

Peste Suína
A Peste Suína Clássica (PSC) é uma doença altamente infecciosa que acomete suínos domésticos e selvagens. Os sintomas são febre alta, manchas avermelhadas pelo corpo, paralisia nas patas traseiras, dificuldades respiratórias e pode levar à morte do animal. O vírus é transmitido pelo contato direto com animais doentes; por pessoas, utensílios, veículos, roupas, instrumentos e agulhas com o vírus; por restos de alimentos mal conservados; ou da mãe para o filhote, ainda na placenta.

A doença também é conhecida como febre suína ou cólera suína, a PSC não oferece risco à saúde humana e não tem impacto na saúde pública, mas, tem grande importância econômica, por provocar restrições ao comércio internacional de suínos. Em animais jovens, a taxa de mortalidade é significativa, já em animais mais velhos, a enfermidade pode se manifestar de forma subclínica.

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