Desmatamento e mudanças climáticas: impactos na vida amazônica
A Amazônia detém a maior floresta tropical do planeta, abrigando a maior biodiversidade de plantas, animais e outros seres vivos. A floresta amazônica é um importante reservatório de carbono, além de produzir cerca de 20% do oxigênio atmosférico mundial. Apesar de toda essa riqueza, a região sofre com as mudanças climáticas e o desmatamento que tem destruído milhões de hectares da cobertura vegetal, colocando em risco a vida das comunidades tradicionais que dependem da floresta para sua sobrevivência. Como se não bastasse, por ser o desmatamento um importante contribuinte das mudanças climáticas, ele retira a capacidade da floresta de absorver o dióxido de carbono da atmosfera.
Quem mora em algumas áreas preservadas não sente e talvez pense que isso é devaneio, mas em boa parte da Amazônia o aquecimento global vem diminuindo as precipitações pluviométricas e a consequente redução da umidade, provocando o aumentando da temperatura na região e a consequente dessecação da floresta.
Conversei com pesquisadores do INPA (Manaus) e do Museu Goeldi (Belém) que desenharam o quadro descrito acima e reiteraram que o clima da região está ficando mais quente e seco, o que pode aumentar a incidência de incêndios florestais e a diminuição da disponibilidade de água.
A voz uníssona revela que a perda de habitats naturais tem consequências previsíveis: o impacto na biodiversidade da região, com espécies de plantas e animais perdendo seus habitats e sendo extintas.
Portanto, considero de fundamental importância que as medidas de conservação sejam implementadas para garantir a sobrevivência da floresta amazônica e seus habitantes. Em se tratando dos habitantes da região, considero indispensável que os governos parceiros do Brasil trabalhem juntos para melhorar o acesso a serviços de saúde, educação e infraestrutura para as populações locais, para garantir que elas tenham acesso aos recursos que precisam para ter uma vida saudável e sustentável.
Penso que é indispensável se estabelecer políticas que incentivem o uso sustentável dos recursos da floresta e controlem o desmatamento. Defendo que sejam implementadas políticas de educação ambiental para maior conscientização da população sobre as mudanças climáticas e o desmatamento afim de proteger esse ecossistema único e vital para a sobrevivência da vida na Terra.
Vou além. A cooperação internacional é fundamental para garantir que a floresta continue sendo um patrimônio para todos nós. Mas é preciso sair do discurso e partir para a prática se quisermos desfrutar desse tesouro inestimável para o planeta.
Sobre o autor
Olimpio Guarany é jornalista, documentarista e professor universitário.
*O conteúdo é de responsabilidade do colunista
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Comentários: 1
Olimpio, parabéns pela matéria e achei muito impactante a foto do barco apoiado no leito desertificado do rio.
Concordo que a cooperação internacional é fundamental para garantir que a floresta continue sendo um patrimônio para todos nós, pois afinal não é porque um igarapé passa em minha fazenda que eu posso achar que ele é meu, todos devem cuidar do igarapé.
Saudações capixabas de Hilton Monteiro Cristovão
Vitória-ES