A essência da bioeconomia no Amapá reside na sinergia entre o desenvolvimento econômico local, a preservação do meio ambiente e a inclusão social.
No coração da Amazônia, o Amapá emerge como um farol de esperança na busca por um modelo econômico sustentável e inclusivo. O avanço da bioeconomia no estado coloca-o firmemente no mapa como uma referência Amazônia. O programa Selo Amapá é a prova irrefutável desse progresso, ao certificar mais de 1.000 produtos, evidenciando a utilização consciente dos recursos naturais.
A essência da bioeconomia no Amapá reside na sinergia entre o desenvolvimento econômico local, a preservação do meio ambiente e a inclusão social. Ao aproveitar a riqueza da biodiversidade local, o estado não só impulsiona sua economia, mas também protege seu patrimônio natural para as gerações futuras.
Uma grande caminhada começa com um simples passo. Há produtos da bioeconomia amapaense que começam ganhar projeto internacional. É o caso do chocolate, premiado no Salão de Paris. Outros produtos certificados pelo Selo Amapá já ultrapassam as fronteiras do estado como o café de açaí, a cachaça de jambu e o açaí tinto.
Nas prateleiras dos supermercados já podem ser encontrados alguns desse produtos, embora as grandes redes de fora ainda ofereçam resistência para comercializa-los, talvez pelo alto volume de compra e exigência de garantia de manutenção do abastecimento.
A um ano e sete meses da COP 30 que ocorrerá em Belém, o mundo inteiro se volta para a Amazônia em vista de sua imensa biodiversidade, onde provavelmente estão muitas soluções para os problemas da humanidade. Preservar esse tesouro requer ações contínuas para protege-lo valoriza-lo e explora-lo de forma sustentável. Vejo que com o crescimento da bioeconomia, o Amapá entende isso e precisa seguir transformando essa compreensão em ação concreta e duradoura.
A bioeconomia é o instrumento certo para se extrair valor dos recursos naturais preservando o seu equilíbrio ecológico e valorizando os conhecimentos tradicionais das comunidades locais. São esses conhecimentos ancestrais que muitas vezes detêm as chaves para a utilização sustentável dos recursos naturais. Assim essas parcerias se tornam inclusivas e beneficiam tanto as comunidades locais quanto os empreendedores.
Ao explorar de forma sustentável a sua biodiversidade, o estado está pavimentando o caminho para um desenvolvimento que beneficia não apenas seus habitantes, mas também o planeta como um todo. Que esse exemplo inspire outras regiões a seguirem o mesmo caminho rumo a um futuro mais verde e justo.
Sobre o autor
Olímpio Guarany é jornalista, documentarista, professor universitário e presidente do Instituto de Estudos em Defesa da Amazônia. Durante dois anos navegou o rio Amazonas desde a foz até o rio Napo no sopé da Cordilheira dos Andes refazendo a histórica expedição do Conquistador da Amazônia, Pedro Teixeira (1637-1639).
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