Makdones Santos de Almeida, aluno do curso de Gestão Territorial Indígena, que é descendente dos povos Macuxi, Wapichana e Saterê, disse que escolha do lago levou em conta a sua história, como uma das sedes de importantes reuniões e assembleias dos povos indígenas.
“Estamos fazendo este clipe para promover a identidade e a reivindicação dos diretos dos povos indígenas. Estaremos em outros lugares para falar sobre estas questões políticas, ambientais e sociais que nos cabem”, explicou ele.
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A música escolhida nesta primeira fase é “Mente Aberta”, composição dos próprios acadêmicos. Baseada no enfrentamento ao preconceito, a valorização da cultura e da tradição indígena, a letra os eleva a uma posição na luta e conquista de seus direitos previstos na Constituição Brasileira.
Os conceitos e rumos que tomou o roteiro foram definidos ao longo do mês de outubro pelos próprios integrantes da banda. Os de ensaios também são realizados para consolidar a performance.
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Cristian Alves da Silva, vocalista da banda, está no sexto semestre do curso de Engenharia Elétrica na UFRR. Ele diz que poucas pessoas conhecem as raízes indígenas de Roraima e gravar no lago Caracaranã e na comunidade indígena Raposa pode trazer ao grande público a percepção do valor da cultura e da região.
“É preciso diálogo de ambas as partes para o convívio saudável. O povo brasileiro precisa conversar sobre estes assuntos. Muitas pessoas não sabem como é a cultura indígena”, disse.
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Próxima produção
Nos dias 18, 19 e 20 de dezembro, o segundo vídeo clipe será filmado na região da serra do Tepequém, município de Amajari, também no Norte de Roraima. A música tem como título “Amanhecer” e descreve as potencialidades e belezas naturais da Amazônia, sobretudo do estado de Roraima, com seus rios, serras, fauna e flora.