Único no mundo, recife de corais da Amazônia podem sofrer com extração de petróleo

Foto: Divulgação/Nasa

No norte do Brasil, na foz do Rio Amazonas, existe um tesouro natural recém-descoberto. Um recife de corais escondido em uma região onde ninguém imaginaria ser possível. Sua extensão é gigantesca: são 9,5 mil quilômetros quadrados de formações, que incluem esponjas gigantes com mais de 2 metros de comprimento e algas calcárias, chamadas de rodolitos. O Greenpeace dvai realizar uma expedição com o barco Esperanza para fotografar e registrar o coral embaixo de camadas de sedimentos do Rio Amazonas. Além disso a instituição pretende divulgar esses registros e conscientizar o mundo da existência desse mundial único bioma.

A existência dos corais amazônicos foi divulgada em abril de 2016, com a publicação de um artigo feito por pesquisadores de institutos de pesquisa e universidades brasileiras. Eles consideraram os corais da Amazônia como um novo bioma marinho, que vai do Brasil até a Guiana Francesa. E estão ainda aprofundando os estudos sobre isso e sobre as novas espécies encontradas ali.

A Bacia da Foz do Rio Amazonas é justamente a próxima fronteira de exploração petrolífera no mar brasileiro. A Total e a BP são as duas empresas que pretendem perfurar o território para conhecer as reservas do óleo. A apenas 8 quilômetros do recife está um dos pontos que a Total quer explorar. Os processos de licenciamento ambiental estão em andamento. “Queremos defender os corais e toda a região da Foz do Amazonas da ganância corporativa, que coloca o lucro na frente do meio ambiente”, diz Thiago Almeida, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.

A atividade petrolífera ali significa trazer o risco iminente e constante de um derramamento. Isso é uma ameaça não apenas aos corais, mas a todo o ecossistema da Bacia da Foz do Amazonas. Vivem ali, por exemplo, o peixe-boi-marinho, o tracajá e a ariranha, espécies que já têm algum risco de extinção, segundo a lista da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) de 2014.Com o objetivo de unir forças na proteção aos corais, o Greenpeace Brasil lança a campanha “Defenda os Corais da Amazônia”. “Vamos unir pessoas do mundo todo para dizer às empresas: desistam já dos planos de explorar petróleo perto dos corais”, diz Thiago Almeida.

Expedição vai ser realizada pelo Esperanza. Foto: Divulgação/Greenpeace

A primeira missão do Greenpeace é mostrar os corais da Amazônia ao mundo. Uma expedição será realizada para ver os recifes debaixo d’água pela primeira vez. O meio de transporte e a estação de trabalho da organização será o Esperanza, que chegou ao Brasil dias atrás. A tripulação do maior e mais ecológico navio do Greenpeace levará a equipe de ativistas e especialistas em vida marinha, que irão até as profundezas do oceano Atlântico para observar o coral de perto. Um submarino será usado para coletar informações no fundo do mar.O Greenpeace também realizou uma petição online para pedir às empresas petrolíferas que desistam de explorar petróleo próximo a um recife de coral único em todo o mundo. Se você quiser assinar a petição é só acessar esse link

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