Seca de 2024 afeta população e afasta embarcações da Orla de Manaus

Situação impacta tanto os visitantes que chegam de barco à capital quanto os trabalhadores, que precisam percorrer longas distâncias a pé.

A seca do Rio Negro em 2024 já está mudando o cenário da Orla de Manaus (AM) e afetando a rotina tanto da população quanto dos trabalhadores da área portuária. No dia 4 de setembro, o rio estava em 19,01 metros, 4,03 metros abaixo do mesmo dia do ano passado, quando a cota era de 23,04 metros, de acordo com dados do Porto da capital, responsável pelo monitoramento do nível das águas.

Bancos de areia estão surgindo no meio do rio, forçando as embarcações a se afastarem e ficando cada vez mais longe do local onde costumavam atracar, próximo à via pública. Essa situação impacta tanto os visitantes que chegam de barco à capital quanto os trabalhadores, que precisam percorrer longas distâncias a pé.

Em agosto, a seca avançou de forma alarmante, com o nível do Rio Negro em Manaus caindo cinco metros, segundo dados da Defesa Civil do Amazonas.

A previsão do governo do estado é de que, neste ano, o Amazonas tenha uma seca severa nos mesmos moldes ou até pior do que o estado viveu em 2023. Durante a estiagem do ano passado, o Rio Negro alcançou o nível mais baixo dos últimos 120 anos.

Veja abaixo fotos que mostram como está a orla de Manaus durante a seca do Rio Negro:

Mudança de cenário

Quem trabalha com a navegação pelos rios do Amazonas afirma que a maior dificuldade durante o período são os bancos de areia que tomam conta do caminho. Eles ressaltam que isso se torna ainda mais desafiador durante a noite, quando a visibilidade é reduzida.

De acordo com o monitoramento da Defesa Civil, o Rio Negro começou o mês de agosto medindo 25,09 metros. Já no sábado (31), as águas mediam 20,02 metros. Ainda segundo o órgão, entre o sábado (31) e o domingo (1º), o rio desceu ainda mais, chegando a 19,77 metros.

O monitoramento aponta ainda que o Rio Negro está em estado crítico de vazante.

Apesar do problema, pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) acreditam que o rio não deve atingir a cota da seca de 2023, que foi de 12,70 metros. A previsão para este ano é de que o nível das águas fique em torno de 14 a 15 metros, o que já é considerado muito baixo.

*Com informações da Rede Amazônica AM

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