Seca em Rondônia: é possível atravessar a pé em trechos do rio Jaru

Nível do rio está abaixo do esperado para esse período do ano. Em alguns trechos do rio é possível enxergar a areia do fundo e as pedras.

Seca do rio Jaru em 2024. Foto: Reprodução/Rede Amazônica RO

O nível do rio Jaru, que banha a cidade rondoniense de mesmo nome, chegou a 3,47 metros no dia 10 de agosto. Segundo a Defesa Civil do município, o rio estava mais de 20 centímetros abaixo do que era esperado para esse período do ano. Em alguns trechos, é possível atravessar a pé.

Embora esteja apresentando uma redução em seu nível desde o final do mês de julho, o atual nível ainda não é considerado estado de emergência, apenas se ficar abaixo de três metros. Atualmente o rio está em estado de observação.

Imagens mostram que em alguns trechos do rio é possível enxergar a areia do fundo e as pedras. No entanto, a Defesa Civil explica que em outros pontos o volume de água é maior. Essa oscilação ocorre em razão da tipografia do rio.

Apesar disso, a seca do rio nesta proporção não é comum nesta época do ano. E ele não é o único: os principais rios de Rondônia estão com níveis abaixo da média histórica, segundo informações da Defesa Civil Estadual.

Mas o que causa essa escassez? Segundo o engenheiro hidrólogo e pesquisador em geociências pelo SGB, Marcus Suassuna, dois fatores são determinantes:

Foto: Edson Gabriel

Oceano Atlântico Norte mais aquecido que o normal, e mais quente que o Atlântico Sul.
Fenômeno El Niño, que causa atrasos no início da estação chuvosa e enfraquecimento das chuvas iniciais do período.

De acordo com a estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) que observa a precipitação em Jaru (RO), não ocorrem chuvas significativas há mais de dois meses. O último registro foi feito em maio, quando choveu 44 mm no mês.

A Defesa Civil alerta a população para que adote os cuidados necessários para evitar acidentes, principalmente em relação ao descarte de lixo e a navegação que acaba sendo comprometida com a baixa das águas.

*Com informações da Rede Amazônica RO

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