Rio Solimões pode registrar cotas mínimas em agosto no Amazonas

Monitoramento do Serviço Geológico do Brasil indica que o processo de descida está acentuado em Tabatinga.

Os rios da Bacia do Rio Amazonas seguem em processo de descida (vazante). Em alguns pontos, como na região do Alto Solimões, é observada uma queda acentuada nos níveis. Os dados fazem parte do 32º Boletim Hidrológico da Bacia do Amazonas, divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) no dia 9 de agosto.

Em Tabatinga (AM), o Solimões registra descidas acima de 20 centímetros (cm) por dia. A última cota observada foi de 96 cm – abaixo do mínimo para a época. Diante do cenário, a projeção é de que, nessa estação, as cotas mínimas do ano ocorram ainda neste mês.

“Podemos prever isso em razão das descidas acentuadas e dos níveis abaixo das mínimas nos rios do Peru, que deságuam no Solimões”, explica a pesquisadora em geociências Jussara Cury.

Já o Rio Negro, em Manaus (AM), está em processo de vazante e com descidas regulares, representadas por variações diárias na ordem de 11 cm.  No entanto, os níveis estão abaixo da faixa de normalidade. A última cota observada foi de 24,2 m. As mínimas nessa estação devem ocorrer em outubro. Também foram registradas descidas nas bacias dos rios Branco, em Roraima; Purus, no Acre; e Amazonas. 

Repiquetes no Rio Madeira 

O Rio Madeira registrou oscilações (repiquetes) ao longo da semana, em Porto Velho (RO), devido às chuvas registradas na região, mas voltou ao processo de descida entre quinta (8) e sexta-feira (9). A cota atual é de 2,38 m. O Madeira chegou a níveis muito baixos na região de Porto Velho, antes da época prevista, principalmente devido às chuvas abaixo da média entre novembro de 2023 e abril de 2024. 

Confira aqui o 32º Boletim Hidrológico da Bacia do Amazonas. 

*Com informações do Serviço Geológico do Brasil

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Dossiê “Amazônia contra o Antropoceno” aborda sociodiversidade da região

Na publicação constam nove artigos de arqueólogos, antropólogos e ecólogos, indígenas e não indígenas.

Leia também

Publicidade