Instituto Mamirauá abre projeto de restauração ecológica da Amazônia para consulta e construção coletiva

O projeto será implementado em 18 territórios, abarcando florestas e mangues da costa do Pará, além da região do Médio Solimões, no Amazonas, envolvendo florestas alagáveis e de terra firme.

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, organização social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), realizou o Seminário de Consulta e Abertura do Projeto “Restauração de Áreas Alagáveis e outros importantes Ecossistemas Amazônicos”, que busca estimular o esforço pela restauração ecológica e mitigação das mudanças climáticas. O encontro teve o objetivo de apresentar e debater o projeto, além de coletar contribuições e expectativas.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre o MCTI, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. O projeto será implementado em 18 grandes territórios, abarcando florestas e mangues da costa do Pará, além da região do Médio Solimões, no Amazonas, envolvendo florestas alagáveis e de terra firme.

Segundo o instituto, o objetivo do projeto é evitar a emissão de 10 milhões de toneladas de gases do aquecimento global, proteger a biodiversidade e gerar renda e segurança alimentar para as comunidades tradicionais extrativistas dos territórios beneficiados.

Foto: Divulgação/Mamirauá

O projeto busca ter um calendário com entregas planejadas, que incluem a capacitação e o envolvimento de ao menos 1.600 participantes, a troca de conhecimentos entre ciência e comunidades tradicionais, a elaboração de protocolos de restauração para florestas alagáveis, transferência tecnológica e fortalecimento da cadeia de restauração.

Para desenvolver a iniciativa, serão investidos US$ 5,6 milhões (cerca de R$ 27 milhões) via Fundo Global do Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês).

O seminário

O evento, realizado de maneira online e presencial, ocorreu no campus sede do Instituto Mamirauá em Tefé (AM) e contou com a presença de líderes comunitários e dos territórios tradicionais e indígenas, técnicos, pesquisadores e autoridades.

Foto: Reprodução/Mamirauá

A mesa de abertura foi composta pelo coordenador de Mudanças Ambientais Globais do MCTI, Antônio Marcos Mendonça, a consultora da FAO América Latina e Caribe, Bárbara Jarschel, o diretor-geral do Instituto Mamirauá, João Valsecchi, representantes dos governos dos estados do Pará e do Amazonas e líderes comunitários.

Em discurso, Mendonça considerou a iniciativa de extrema importância. “O projeto insere-se neste contexto dos esforços de enfrentamento à crise climática, trazendo contribuições para a mitigação e adaptação ao clima neste bioma megabiodiverso que é a Amazônia”, disse o coordenador.

*Com informações do Instituto Mamirauá

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

CNPq cria prêmio para estimular participação feminina na ciência

A ideia é fortalecer a equidade de gêneros e promover a participação das mulheres no campo das ciências e nas carreiras acadêmicas.

Leia também

Publicidade