Fumaça encobre Manaus (AM). Foto: Lucas Macedo/Rede Amazônica AM
Após a seca histórica que atingiu a região amazônica em 2023, provocando a maior queda nos níveis dos rios já registrada, além do surgimento de uma onda de fumaça causada por queimadas, o ano de 2024 segue com índices intoleráveis da qualidade do ar.
Em algumas cidades na Amazônia, durante diversos dias o índice de qualidade do ar foi considerado o mais insalubre do país. Além dos danos ambientais provocados na fauna e flora da região, a fumaça tóxica é também perigosa para humanos, acarretando no aumento da frequência de problemas respiratórios e outros problemas de saúde.
Com o constante aparecimento de fumaça nos municípios da região, algumas plataformas foram disponibilizadas de maneira online, com o objetivo de fornecer dados para gestores públicos e para a população geral interessada.
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Conheça algumas dessas plataformas em que é possível verificar a qualidade do ar e saber quando é necessário se proteger:
Selva
O Selva é uma ferramenta abrangente que monitora diversas variáveis ambientais, incluindo, também, chuvas e descargas elétricas em tempo real. O sistema é desenvolvido pela UEA, por meio do Programa de Educação Ambiental sobre Poluição do Ar (EducAIR), com o apoio do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea) e da Fundação Cuomo.
Uma das principais funcionalidades do Selva é o monitoramento de queimadas, que se tornaram uma preocupação constante na Amazônia. A plataforma fornece informações precisas sobre a localização e a intensidade das queimadas, permitindo uma resposta mais eficaz das autoridades e ajudando a proteger a saúde da população.
Aqicn.org
O projeto Índice Mundial de Qualidade do Ar é um projeto sem fins lucrativos iniciado em 2007. Sua missão é promover a conscientização dos cidadãos sobre a poluição do ar e fornecer informações unificadas e mundiais sobre a qualidade do ar.
O projeto fornece informações transparentes sobre a qualidade do ar para mais de 130 países, abrangendo mais de 250 mil estações de monitoramento da qualidade do ar em 2 mil grandes cidades
Iema – Plataforma de Qualidade do Ar
Com o intuito de gerar transparência dessas informações, o que também auxilia na criação e no aperfeiçoamento de políticas públicas, o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) mantém desde 2015 a Plataforma da Qualidade do Ar com dados e análises sobre o monitoramento da qualidade do ar realizados no Brasil. Esses dados são obtidos e organizados a partir de fontes abertas, dos Relatórios Anuais de Qualidade do Ar dos Estados e, também, por meio da apuração das informações diretamente com os órgãos públicos ambientais.
Como é feito o monitoramento?
A qualidade do ar através do nível de poluição atmosférica é determinada pela concentração de MP2.5 (µg/m3), ou seja, miligramas por metro cúbico de ar.
O MP2.5 é um tipo de partícula inalável com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros, que é um poluente atmosférico. A presença dele na atmosfera determina a qualidade ou insalubridade do ar, como visto na tabela a seguir:
Função do Ministério do Meio Ambiente
A gestão deste tema no Ministério do Meio Ambiente é atribuição da Gerência de Qualidade do Ar (GQA), vinculada ao Departamento de Qualidade Ambiental na Indústria. Esta gerência foi criada com o objetivo de formular políticas e executar as ações necessárias, no âmbito do Governo Federal, à preservação e a melhoria da qualidade do ar.
A gestão da qualidade do ar tem como objetivo garantir que o desenvolvimento socioeconômico ocorra de forma sustentável e ambientalmente segura. Para tanto, se fazem necessárias ações de prevenção, combate e redução das emissões de poluentes e dos efeitos da degradação do ambiente atmosférico.