Foto: Divulgação/Arquivo/Secom AP
Discutir os caminhos para a geração de emprego e renda, ao mesmo tempo em que se mantém a floresta em pé, é um dos desafios propostos pelos ‘Encontros Amazônicos Pré-COP30‘, que reunirá povos originários, pesquisadores e a sociedade civil entre os dias 11 e 13 de dezembro em Macapá (AP).
De acordo com o Governo do Amapá, parceiro da programação, será mostrado aos participantes “a experiência do estado mais preservado do Brasil, com a bioeconomia, a demarcação de áreas indígenas, negócios verdes, Zoneamento Ecológico-Econômico e um código ambiental modernizado”.
O evento marca os preparativos para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), a “COP da Amazônia”, que será em Belém (PA) em 2025. Representantes de entidades, movimentos sociais, centros de pesquisa e o poder público vão buscar “Novas Alianças pela Amazônia”, tema escolhido para a reconstrução de políticas públicas sustentáveis para a região.
Ao longo de três dias, o encontro vai promover debates sobre as principais demandas da Amazônia, ouvindo quem vive nela, sob as copas das árvores. Cooperativas agrícolas, extrativistas, pescadores, quilombolas e indígenas do Amapá e da Guiana Francesa vão contar experiências, compartilhar problemas, e ajudar na construção de um documento que será apresentado aos líderes mundiais.
A programação no Amapá consolida o estado como integrante da COP30. O coordenador geral do encontro, Daniel Vaz, destaca que a conferência vai trazer milhares de pessoas de todo o mundo para debater as questões climáticas, mas também para buscar conhecer a região e estabelecer parcerias e projetos.
“O mundo agora tem um olhar especial para Belém do Pará e todo o território amazônico. Então, os encontros colaboram com a articulação da região, identificação de demandas, potencialidades e de oportunidades que construindo um processo articulado até a COP 30, possibilita diálogos com todo esse público presente no evento e na Amazônia”, enfatizou Vaz.
O diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá (Fapeap), Gutemberg Silva, destaca que o evento tem dois pilares: a valorização dos povos tradicionais e a natureza como protagonista dos debates.
“O encontro possibilita várias discussões científicas e debates dos povos tradicionais, direitos humanos e questões relacionadas aos direitos da natureza e é a oportunidade de mostrar a Amazônia real, como vem sendo defendido pelo governador Clécio Luís, que é associar os ótimos indicadores ambientais, com o desenvolvimento econômico e social”, pontuou Gutemberg.
Antes de Macapá, os “Encontros Amazônicos Pré-COP30” chegam às cidades de Tabatinga e Letícia, na fronteira do Brasil com a Colômbia, nos dias 3 a 6 de dezembro. A programação na capital amapaense contará ainda com receptivo para os convidados, atrações culturais e feira de empreendedorismo com destaque para empresas com o Selo Amapá, startups, artesanato indígena e quilombola.
Além do Governo do Estado, lideram e apoiam à iniciativa o Sebrae, Centro Regional para a Cooperação em Educação Superior na América Latina e Caribe (Creces), Parque Científico e Tecnológico Solimões, Flacso Brasil, Corporación educativa Indoamérica, Red de Escuelas Y Facultades de Arquitectura Latinoamericana, CorpoAmazônia, Universidad Metropolitana, Universidade de São Caetano do Sul, Centro Internacional de Água e Transdisciplinaridade (Cirat), FYGP, Comissão Nacional para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (Cnodes), Conselho Nacional dos Direitos Humanos e Norwegian Agency For Exchange Cooperation (Norec).
COP30
A COP é uma reunião anual entre os países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Nele, chefes de estados e outras autoridades governamentais debatem soluções para conter o aquecimento global e criar alternativas sustentáveis para a vida no planeta.
*Com informações do Governo do Amapá