Pesquisadores realizam 2ª etapa do mapeamento de áreas de risco geológico em Manaus

Pesquisadores do SGB visitam áreas indicadas pela Defesa Civil de Manaus para identificação de setores com potencial de sofrer perdas ou danos causados por processos geológicos.

A capital do Amazonas recebe, desde o dia 8 de julho, a 2ª etapa do trabalho para atualização do mapeamento de áreas de risco geológico. Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) visitaram áreas pré-selecionadas e indicadas pela Defesa Civil de Manaus para identificação de setores com potencial de sofrer perdas ou danos causados por processos geológicos, como deslizamentos, inundações, dentre outros.

O objetivo é atualizar o mapeamento anterior, com metodologia e equipamentos mais modernos, de modo a contribuir para a prevenção de desastres. Nesse trabalho, são mapeados exclusivamente locais com imóveis destinados à ocupação humana contínua, como casas, edifícios, hospitais, escolas e estabelecimentos comerciais. A partir das análises, o SGB produzirá mapas e relatórios indicando áreas de risco “alto” ou “ muito alto”.

As atividades integram o planejamento anual do SGB, inserido no Plano Plurianual 2024-2027, do governo federal. Ao longo do ano, outras cidades também serão atendidas.

Elaboração do mapeamento

O trabalho de campo para identificação das áreas de risco é uma das etapas do mapeamento. Antes de irem ao município, os pesquisadores analisam informações prévias da localidade e fazem contato com a defesa civil. Em seguida, vão à cidade para mapear os imóveis que podem ser afetados por deslizamentos de terra, quedas de blocos de rocha, inundações e outros processos geo-hidrológicos normalmente deflagrados por chuvas intensas.

No trabalho de campo, são observadas características como declividade dos terrenos, indícios de instabilidade eventualmente presentes no local, distância entre as edificações e os cursos d’água e a vulnerabilidade dos imóveis. Também são feitos registros fotográficos, inclusive com apoio de drones. Após um primeiro levantamento na cidade, os pesquisadores cartografam as áreas classificadas como de risco “alto” e “muito alto”. As áreas de risco “médio” ou “baixo” costumam ser indicadas no relatório como áreas a serem monitoradas.

Em seguida, são elaborados mapas e relatórios pelas equipes técnicas. A última etapa consiste na verificação das informações e ajustes finais para a publicação do documento que será entregue à defesa civil municipal e à prefeitura. O documento também fica disponível ao público na página do SGB.

Estudos contribuem para ações efetivas

O mapeamento de áreas de risco, realizado pelo SGB, é um trabalho norteado pela Lei 12.608/2012. Essa legislação atribui ao governo federal o dever de oferecer apoio aos municípios e estados que não possuam capacidade técnica para essa atividade essencial para a prevenção e resposta a desastres.

Com as informações técnicas, gestores públicos têm acesso a conhecimento sobre os locais que exigem intervenções. Dessa forma, podem realizar políticas públicas mais precisas e direcionar recursos para realização de obras e outras ações nas áreas que ofereçam riscos. Além disso, os mapeamentos ajudam as prefeituras a obter financiamento para projetos de prevenção a desastres.

Os dados técnicos também dão suporte às políticas públicas habitacionais e de saneamento, sendo, portanto, importantes instrumentos para reduzir vulnerabilidades sociais e promover o desenvolvimento regional.

*Com informações do SGB

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