Fotos: Reprodução/Instagram-@pousada_novavida
Um jacaré foi flagrado devorando um boto-cor-de-rosa no rio Guaporé, em São Francisco do Guaporé (RO). O vídeo (veja no fim da matéria) foi gravado pelo proprietário de uma pousada, Pablo Rozo, há cerca de um mês, mas viralizou nas redes sociais nesta semana.
Pablo Rozo informou que estava pescando próximo a sua pousada quando avistou de longe “algo girando e se debatendo”. Ao notar que se tratava de um jacaré, ele começou a gravar.
“Quando chegamos perto tinha quase uns nove jacarés em volta e esse grandão maior agarrado no boto. Conforme íamos nos aproximando, os demais saíram e ficou só o maior”, disse.
Segundo o empresário, ele até se aproximou do réptil, mas notou que sua presença o incomodava.
“Quando chegamos perto, ele tipo rosnava que a água em volta dele vibrava. Foi bem assustador, pois percebemos que a qualquer momento ele ia nos atacar e não tinha nem 40 cm de profundidade de água naquele trecho”, ressaltou.
De acordo com o empresário, durante a noite ele navegou novamente pelo trecho e viu que o boto já havia sido devorado pela metade.
“Quando voltamos e passamos lá, o boto já tinha sido devorado pelo meio e tinham uns 15 jacarés em volta brigando pelo boto”, disse.
O biólogo Flávio Terassini informou que através das imagens é possível perceber que o boto já estava morto há alguns dias. Segundo ele, a morte de botos neste período de seca é comum, devido à escassez de alimento.
“Infelizmente, alguns desses botos acabam ficando sem oxigênio na água ou até mesmo falta alimento. Lembrando que o boto pode se alimentar de mais de 5 quilos de peixe, então se ele não consegue obter isso, ele vai ficando com fome”, disse.
Além disso, o biólogo reforçou que nesses casos é importante ter cuidado e não se aproximar do animal.
“A equipe que estava ali no barco estava segura porque estava no barco, com certeza com o motor ligado, conseguiria fugir se o jacaré viesse na sua direção. Mas tem que tomar bastante cuidado porque esses crocodilianos podem atacar e se sentir ameaçados”, informou.
*Por Amanda Oliveira, da Rede Amazônica RO