Em Belém (PA), o presidente do Consórcio Amazônia Legal (CAL) e governador do Pará, Helder Barbalho, no dia 27 de julho, pleiteou junto à secretária do Tesouro dos Estados Unidos da América (EUA), Janet Yellen, e ao presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, a importância de mecanismos internacionais financiarem iniciativas para preservação da Amazônia.
Na oportunidade, o chefe do Poder Executivo Estadual paraense solicitou para a secretária Janet Yellen, mais envolvimento do governo americano junto aos temas de interesse para preservação da Amazônia.
“Faço um apelo para que os Estados Unidos, com seu papel de maior nação, de maior democracia do planeta, se engaje diretamente“, ponderou.
“Peço que os Estados Unidos assumam a responsabilidade de liderar os financiamentos necessários e as modelagens no âmbito internacional para permitir o combate às mudanças climáticas, a transição energética, a prioridade de um mundo com emissões zero e, para isso, a solução passa por um aporte relevante e histórico aqui na Amazônia, pois investir aqui é investir no futuro de toda a humanidade, de todos os continentes, de todo o planeta”, explicou Helder Barbalho.
“Sua presença aqui, secretária Janet Yellen, é um fato histórico e esperamos que possa ser a semente de uma gigantesca transformação que desesperadamente o planeta precisa,: a Amazônia. O Estados Unidos tem tudo para mais uma vez conduzir, com seu exemplo, sua defesa dos princípios corretos. Como guardiã do tesouro da maior potência econômica do mundo, quero sensibilizá-la para que se torne também uma guardiã do maior tesouro do mundo: a Amazônia”, provocou o governador.
Em resposta ao governador, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos da América (EUA), Janet Yellen, disse que os Estados Unidos estão avançando em uma aproximação com o Governo Federal dialogando com o ministro Fernando Haddad estudando posiciones e iniciativas, principalmente, voltadas ao crédito de carbono.
Redução do desmatamento no Pará
Ainda durante reunião, o governador do Pará, Helder Barbalho destacou que o Governo do Pará tem incentivado ações que valorizem a bioeconomia e valorizem a floresta como um ativo estratégico. Helder Barbalho também frisou que o Estado tem atuado de forma intensiva no combate ao desmatamento e a atividades ilegais.
Barbalho revelou para a secretária Janet Yellen e para o presidente BID, Ilan Goldfajn, que o Estado se encaminha para alcançar uma redução nos alertas de desmatamento entre agosto de 2023 e julho de 2024, o período que corresponde ao ano Prodes, sistema de monitoramento por satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de cerca de 40%, além de uma perspectiva de redução na taxa anual de desmatamento superior à registrada no ano passado, de 21%.
“As ações e iniciativas do Governo do Estado do Pará no combate ao desmatamento, no desenvolvimento de projetos de bioeconomia e de economia criativa, no apoio à agricultura, à pecuária verde e à produção com agregação de valor aos produtos, compõem um acervo de intervenções reais, cujos ressaltados são palpáveis, promissores e só nos mostram que essa é a única direção a seguir. Temos de fazer mais, fazer melhor, fazer para mais pessoas”, ponderou o governador, justificando a importância de mecanismos internacionais ampliarem financiamentos para preservação da Amazônia.
Ao longo do sábado dia 27, o governador Helder Barbalho participou de uma extensa sequência de agendas junto à secretária Janet Yellen e para o presidente BID, Ilan Goldfajn. Os compromissos fazem parte do Programa Amazônia promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Na oportunidade, o banco fez uma apresentação do balanço de um ano de atuação e previsão de novos projetos e investimentos. Também participou de parte da agenda, a Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
De acordo com informações do Banco Interamericano de Desenvolvimento, o ‘Amazônia Sempre’ é um programa que tem o objetivo de ampliar o financiamento, compartilhar conhecimento estratégico para os tomadores de decisões e aumentar a coordenação regional para acelerar o desenvolvimento sustentável, inclusivo e resiliente da região amazônica.
*Com informações da Agência Pará