Pará discute produção e comercialização de produtos florestais

Foto: Divulgação/ISA

Pelo quarto ano consecutivo, os ribeirinhos e indígenas de diferentes etnias da região da Terra do Meio, no Pará, estarão reunidos para avaliar e planejar próximos passos de suas estratégias conjuntas de estruturação das cadeias de valor associadas aos produtos da floresta, bem como sua importância para a integração e integridade territorial.

A IV Semana do Extrativismo, que se realizará nos dias 20 e 21 de maio, na Resex Riozinho do Anfrísio, com apoio do ISA, vem promovendo o diálogo entre extrativistas, empresas, governo e organizações atuantes na região e buscando melhorias e inovações para promover uma relação justa e transparente entre povos da floresta, parceiros, Estado e empresas.

O encontro contará com a participação de indígenas e ribeirinhos das três Resex (Riozinho do Anfrísio, Xingu e Iriri) e Terras Indígenas da Terra do Meio. Também estarão presentes extrativistas da Estação Ecológica da Terra do Meio e do Parque Nacional da Serra do Pardo, representantes do Conselho Ribeirinho, ribeirinhos da Maribel, de outras regiões da bacia, empresas e organizações parceiras.

As semanas do extrativismo que se realizam há quatro anos nessa região paraense têm mostrado aos parceiros e à sociedade que apoiar e valorizar o modo de vida beiradeiro e suas atividades produtivas são fundamentais para monitorar e proteger o território. Além disso, fortalecem a importância da economia de base florestal não madeireira, o protagonismo das comunidades na organização dessas cadeias produtivas, o apoio essencial das parcerias e a relação com as empresas e o mercado.

Vale destacar o papel que a rede de cantinas da Terra do Meio desempenha na distribuição e comercialização dos produtos. As reuniões anuais apresentam ainda a transparência das cadeias produtivas, o desenvolvimento de tecnologias e a gestão de capital de giro pelas comunidades.

É um momento de intensa articulação entre esses diversos atores, essencial para fortalecer a gestão conjunta o território e valorizar os produtos da sociodiversidade da região.Com informações do Instituto Socioambiental.

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