Pai e filho “fogem” de pororoca no Amapá e compartilham aventura; vídeo

Famílias estava pescando da na ilha do Parazinho, no arquipélago do Bailique, na costa amapaense. Imagens foram gravadas no dia 30 de março.

Elizeu Rocha e seu pai, Elisandro Rocha. Foto: Elizeu Rocha/Arquivo Pessoal

Os ribeirinhos Elizeu Rocha, de 20 anos, e o pai Elisandro Rocha, de 47 anos, compartilharam nas redes sociais a aventura de fugir de uma pororoca na ilha do Parazinho, no arquipélago do Bailique, na foz do rio Amazonas. O vídeo foi gravado no dia 30 de março durante uma pescaria:

Elisandro é pescador e descreveu que de longe conseguiu ouvir o barulho da onda se aproximando. Foi quando decidiu ver de perto o fenômeno.

“Essa é a visão de uma grande pororoca que sempre cresce nesses meses. Ela vem com uma distância de uns 500 metros de distância longe da gente, mas a gente já ouve o barulho dela. Eu estava de rabeta e ela [pororoca] é muito grande e tem muita força. A gente corre um risco muito grande”, disse o pescador.

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O que é a pororoca?

As marés da região podem variar em até nove metros e, quando é lua cheia ou nova, elas avançam para cima da costa. Nas fozes dos rios, o mar é forçado a entrar nos estuários em forma de funil, onde encontra a correnteza dos rios amazônicos.

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As ondas se encontram em um lugar onde a profundidade diminui rapidamente. Tudo isso vira uma onda poderosa e assustadora que avança de margem a margem rio acima, arrancando pedaço de barranco e árvores.

A foz do rio Amazonas tem 200 quilômetros de extensão, metade da distância entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Por ano, ele lança no mar 1,2 bilhão de toneladas de sedimentos, uma mistura de lama e nutrientes que vai alimentar peixes e outras espécies que vivem no Atlântico.

A água do Amazonas tinge todo litoral do Amapá. Ela se espalha por até 200 quilômetros da costa e, levada pela corrente norte, chega até a Guiana Francesa.

*Por Rafael Aleixo, da Rede Amazônica AP

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