De acordo com dados do projeto, a conversão de floresta para outros usos, associada à exploração ilegal de madeira, resultaram em 7.989 quilômetros quadrados (km²) de área desmatada. Esse número, que compreende somente o período de agosto de 2015 a julho de 2016, é maior do que o divulgado em 2015, referente ao ano anterior, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que contabilizou 6.207 km² de área desmatada. O aumento, de quase 29%, reforça a importância da revisão de estratégias e a adoção de novas ações e políticas públicas para reverter a tendência.
Ainda de acordo com o ambientalista, a iniciativa vai ajudar o Brasil a cumprir a meta assumida na Convenção Internacional do Clima de restaurar 12 milhões de hectares de florestas. “Isso ilustra o tamanho do desafio que teremos pela frente. Nessa escala, somente uma articulação ampla de vários setores da sociedade brasileira, incluindo o setor privado, é capaz de criar um ambiente concretamente capaz de promover essa transformação”, avalia.
Medeiros ainda afirma que essas metas são essenciais para o futuro da Amazônia. “Continuar os esforços de redução do desmatamento na Amazônia, aliados a uma estratégia de restauração de áreas críticas que estão degradadas, é essencial se quisermos continuar provendo recursos básicos para as pessoas como água, comida e bem-estar”, completa Rodrigo.
Envolvidos
Entre os membros fundadores estão: Conservação Internacional (CI-Brasil), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), Instituto Socioambiental (ISA), World Resources Institute (WRI), Embrapa, Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Amazônia Live/Rock in Rio, AMATA e Grupo AFB – Agropecuária Fazenda Brasil. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) é parceiro da iniciativa.
Em sua estrutura de governança, a Aliança contará com um Conselho de Coordenação, composto por representantes dos quatro segmentos que a integram (governo, empresas, sociedade civil organizada e academia). Poderão ser formados grupos de trabalho para discussão de temas específicos ou elaboração de estudos e publicações. Além disso, uma secretaria executiva, sediada em um dos membros, será responsável pelo engajamento e ativação dos membros, representação da Aliança em reuniões e fóruns, articulação com outras iniciativas e captação de recursos para custear atividades e produtos da Aliança.