Segundo o Ministério Público Federal, a área da Reserva biológica pertence à União e o gado compromete a preservação do Lago Piratuba, no Leste do Estado.
O Ministério Público Federal (MPF) recomendou a tomada de medidas para retirada de mais de 15 mil cabeças de gados que estão sendo criados na área da Reserva Biológica do Lago do Piratuba, na área Leste do Estado.
Segundo eles, os animais vivem no espaço de maneira irregular, já que a área pertence à União, e também comprometem a preservação do espaço.
A recomendação foi debatida numa reunião realizada em 1º de dezembro com representantes da unidade de conservação da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do Amapá (Diagro), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Procuradoria-Geral do Estado do Amapá e da Superintendência do Patrimônio da União no Amapá (SPU/AP).
Os pecuaristas que se estabeleceram na região utilizam a reserva e área assoreada do Rio Araguari como pasto. O problema ambiental é enfrentado há anos.
O MPF pontuou que a Diagro deve suspender a emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA) de entrada e de saída para criadores de animais.
O órgão informou ainda que o Lago Piratuba é uma unidade de proteção integral e que a atividade de criação de búfalos é considerada de médio para alto impacto ambiental.
Além da criação ilegal de búfalo, ainda neste ano, durante o período de estiagem, o Lago teve mais de 8 mil hectares consumidos por incêndios apontados como criminosos pela Polícia Civil.
*Por Mariana Ferreira, g1 Amapá