Focos ativos de queimadas no Estado aumentaram 38% nos primeiros três meses de 2024, revelou os dados do Inpe.
Rondônia teve uma redução de 77% de desmatamento no primeiro bimestre de 2024, segundo dados são do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Na contramão desse índice, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que os focos ativos de queimadas no Estado aumentaram 38% nos primeiros três meses de 2024.
Os focos ativos estão relacionados à detecção de incêndios em tempo real através de satélites, de acordo com o Inpe. Já o desmatamento são áreas onde a floresta foi permanentemente removida e também são monitoras, segundo o Imazon.
Redução no desmatamento
No 1º bimestre de 2024, o Estado desmatou 9 km² de floresta: o que representa uma redução de 77% no desmatamento, em comparação com o mesmo período de 2023, quando foram derrubados 39 km² de áreas do bioma, de acordo com os dados do Imazon.
Rondônia ocupa o 4° lugar no ranking de estados da Amazônia Legal que apresentaram as maiores reduções de desmatamento nos primeiros dois meses de 2024.
Veja o ranking:
Amapá: -100%
Tocantins: -100%
Acre: -90%
Rondônia: -77%
Mato Grosso: -74%
Pará: -70%
Amazonas: -59%
Roraima: -3%
Maranhão: 14%
No total, a Amazônia Legal, registrou 196 km² de áreas derrubadas no primeiro bimestre de 2024, o menor índice de desmatamento em seis anos. Em 2023, neste mesmo período (janeiro e fevereiro) foram derrubados 523 km² de floresta no bioma, área que equivale ao tamanho de Brasília.
Embora a notícia seja positiva, o Imazon alerta para o fato de que o desmatamento no primeiro trimestre de 2024 ainda vem ultrapassando os níveis registrados nos mesmos meses entre 2008 e 2017, com exceção de 2015.
Aumento nos focos de queimadas
O número de focos de queimadas registrados entre 1º de janeiro a 18 de março de 2024 cresceram 38% em Rondônia, se comparado ao mesmo período de 2023.
Conforme os dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até a segunda-feira (18), o estado registrou 150 focos ativos.
Já em 2023, durante os meses de janeiro e até o final de março foram contabilizados 108 focos de queimadas em Rondônia.
Até agora, março foi o mês de 2024 com o maior número de focos, com 64 notificações. Janeiro foi o período com o menor número de registros.
Um foco precisa ter pelo menos 30 metros de extensão por 1 metro de largura para que os chamados satélites de órbita possam detectá-lo. No caso dos satélites geoestacionários, a frente de fogo precisa ter o dobro de tamanho para ser localizada.
*Por Emily Costa, do g1 Rondônia