Skate e a Amazônia podem andar lado a lado. Isso tudo por causa do projeto Floresta Olímpica do Brasil. O projeto faz parte da Olympic Forest Network, uma rede que prevê a restauração de florestas por comitês olímpicos nacionais no mundo todo. Na Amazônia, mais especificamente nos municípios de Tefé e Alvarães, no Amazonas, o objetivo é o reflorestamento de 6,3 hectares de vegetação, através do plantio de cerca de 4.500 árvores de espécies nativas.
Agora, onde o skate entra nessa história? Com a participação da atleta Rayssa Leal, que conquistou o coração dos brasileiros durante os Jogos Olímpicos de Tóquio e, agora, de Paris. Conhecida como “Fadinha”, Rayssa foi convidada para ser a madrinha do projeto lançado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) no início deste ano.
Em maio, uma comitiva liderada pelo Presidente do COB, Paulo Wanderley, e pela atleta, ícone do skate mundial, esteve na Amazônia. Ambos conduziram o lançamento do projeto nas comunidades Bom Jesus da Ponta da Castanha e aldeia São Jorge da Ponta da Castanha, principais impactadas pela iniciativa.
Diante da presença de autoridades locais e de representantes das comunidades locais envolvidas, duas mudas de Jatobá, espécie nativa da região, foram plantadas pelo Presidente Paulo Wanderley e por Rayssa para simbolizar a inauguração do projeto, que vai durar ao menos até 2030. Além disso, os dois fincaram uma placa comemorativa no local.
“O tema da preservação e recuperação do meio ambiente é muito importante para toda a sociedade, e para o esporte não é diferente. É verdade que toda empresa gera impacto social e ambiental e o Movimento Olímpico como um todo tem que assumir essa responsabilidade. Agora, com a Floresta Olímpica do Brasil, uma iniciativa inédita no país, o COB vai mergulhar ainda mais na pauta da sustentabilidade, assunto mais do que urgente no planeta inteiro. Estou muito orgulhoso do legado que estamos construindo com ações e parcerias como esta”, ressaltou o presidente do COB.
“Estou muito feliz de participar disso tudo com o COB e outros atletas. A gente precisa pensar cada vez mais em sustentabilidade, no nosso dia a dia mesmo. Me sinto honrada por estar aqui e plantar a primeira árvore da minha vida!”, comemorou Rayssa.
Nas áreas escolhidas para o projeto de reflorestamento – Bom Jesus da Ponta da Castanha e aldeia São Jorge da Ponta da Castanha, no Amazonas -, vivem populações ribeirinhas, quilombolas e indígenas. Elas ficam localizadas dentro dos limites da Floresta Nacional de Tefé (FLONA). Entre as espécies selecionadas para o plantio estão justamente aquelas que podem ajudar na geração de renda para essas comunidades, como a castanha da Amazônia (Bertholletia excelsa) e o açaí (Euterpe oleracea).
No ano passado, os moradores participaram de uma capacitação para aprender como fazer a coleta, o beneficiamento e o armazenamento das sementes, e também, para o processo efetivo de restauração.