Em comparação ao mesmo período do ano passado o Estado do Acre foi o que o que teve o maior aumento percentual. Foram 30% mais áreas desmatadas do que no passado. Entretanto esse aumento representa menos de 1% do desmatamento que ocorreu no período.
Mato Grosso se destaca do grupo, com 405km² de floresta desmatada e 3075km² de área degradada, uma posição preocupante, levando em consideração que o segundo lugar, o Estado do Pará, teve 394 km² desmatados e 271km² de floresta degradada.
Enquanto o desmatamento diminuiu levemente na Amazônia Legal, com uma variação de -4%, a degradação de áreas verdes aumentou 22% em relação ao mesmo período do ano passado.
Conforme a pesquisa, em fevereiro e março de 2017 a maioria do desmatamento, 81%, ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O estudo mostrou ainda que 14% do desmatamento ocorreu em unidades de conservação e 5% em assentamentos de reforma agrária. Não houve ocorrência de desmatamento em terras indígenas nesse período.
Em 2015, o Ministério do Meio Ambiente publicou dados apontando que de 2006 a 2015 o Mato Grosso reduziu em 87,2% o desmatamento, saindo dos alarmantes 11.814 km² para 1.508 km², respectivamente.
Conflitos agrários
Levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT), publicado nesta terça-feira (25), aponta que mais de 26% dos municípios mato-grossenses tiveram algum tipo de conflito envolvendo a posse de terras. Na lista está Colniza, o município onde nove trabalhadores foram assassinados por um grupo ainda esta semana. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) afirmou, em nota, que a área rural não é um assentamento regularizado pelo órgão e que não há projeto de regularização fundiária para o local.
Comparado ao mesmo período do ano passado, o número de ocorrências em disputas agrárias nos municípios aumentou 32%. Os dados colocam o Mato Grosso como o 1º no ranking de Estados com maior número de conflitos agrários do Centro-Oeste e em 6º no ranking nacional.