Jabuti de quase 30 quilos é encontrado em Parque do Tumucumaque no Amapá

Especialistas do Ifap e da Ueap encontraram o animal durante uma expedição de estudo das árvores gigantes.

Foto: Divulgação

Durante uma expedição de estudo das árvores gigantes no Parque do Tumucumaque, no município de Pedra Branca do Amapari, pesquisadores do Instituto Federal do Amapá (Ifap) e da Universidade do Estado do Amapá (Ueap) tiveram uma grande surpresa. Um jabuti açu com cerca de 30 quilos foi encontrado no Parque.

O vídeo divulgado nas redes sociais mostra o estudante de Engenharia Florestal do Ifap e diretor-presidente do Instituto Municipal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Laranjal do Jari (IMAPA), José Jussian Silva, analisando o animal. O estudante chega a brincar que o animal pesa “um saco de cimento”.

“Em uma área próxima de um igarapé, um local com influência de umidade, a gente teve o prazer de encontrar essa espécie, conhecida comumente como Jabuti-açu”, contou o pesquisador.

O registro foi feito no dia 16 de novembro, pelos pesquisadores. Mas só foi divulgado na última quinta-feira (28). Segundo Jussian, é difícil encontrar uma espécie com este porte na região.

“O indivíduo tem o porte bem elevado, próximo de 80 centímetros de comprimento, somente a carapaça, e aproximadamente 30 quilos”, disse.

De acordo com a gestora do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, Fernanda Colares, esta é a primeira vez que um jabuti deste tamanho foi encontrado no Parque.

Para o pesquisador do Ifap, Diego Armando, que também participou da expedição, o encontro foi algo único. O pesquisador já trabalha nessa área há mais de 20 anos.

“Foi algo único, mais de 20 anos trabalhando em floresta e nunca tinha encontrado essa espécie”, disse o pesquisador do Ifap.

Área preservada

Para o estudante, o encontro do jabuti também diz muito do Parque do Tumucumaque, que segue sendo uma das mais preservados do país. Jussian também destaca o fato de o animal ser de mobilidade reduzida, e por conta das atividades humanas, o jabuti acaba sofrendo com as queimadas, logo, encontrar a espécie indica um alto teor de preservação da área.

Jabuti-açu

A espécie também é conhecida como jabuti-amarelo, jabuti tinga ou Carumbé (macho). Ele é considerado o maior quelônio terrestre do Brasil.

O animal está entre as espécies mais consumidas na Amazônia, além de ser muito usado como animal de estimação.

*Por Luan Coutinho, da Rede Amazônica AP

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Equipe brasileira é premiada na competição internacional Xprize Rainforest

O grupo, formado por pesquisadores de diversas instituições do país, ficou em terceiro lugar e levará US$ 500 mil.

Leia também

Publicidade