Ipaam e grupo de pesquisa da UEA realizam monitoramento da qualidade das águas do Rio Tarumã-Açu

A equipe esteve na região da bacia do Tarumã-Açu, recolhendo amostras da água a partir de cinco pontos específicos

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), através do Acordo de Cooperação Técnica com o grupo de pesquisa de Química Aplicada à Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), promoveu, na manhã deste domingo (12/09), uma operação de monitoramento das águas do Rio Tarumã-Açu.

A ação contou com a participação de três técnicos da Gerência de Recursos Hídricos (GERH) do Ipaam e três pesquisadores do grupo advindo da Escola Superior de Tecnologia (EST) da UEA. Em trabalho conjunto, a equipe esteve na região da bacia do Tarumã-Açu, recolhendo amostras da água a partir de cinco pontos específicos, entre eles, o Igarapé do Praciano e a Praia Dourada.

Foto: Divulgação

A escolha das localidades foi definida a partir de um histórico de dados coletados em ações passadas, tendo em vista o fluxo maior de pessoas e funcionamento das áreas de lazer em finais de semana, principalmente, aos domingos. A ação teve o objetivo de investigar o impacto das atividades humanas nas águas do Tarumã-Açu.

As amostras coletadas hoje permitirão a análise de parâmetros como turbidez, condutividade, ph, oxigênio dissolvido em miligramas e porcentagem, temperatura da água e do ar, além de outros vinte e dois critérios que serão averiguados nos laboratórios da UEA, com acompanhamento dos técnicos do Ipaam.

A apuração do monitoramento desempenhada apontará se há, atualmente, consequências prejudiciais na qualidade da água ou se a bacia do Tarumã está conseguindo realizar o processo de autodepuração, ou seja, manter a capacidade de se restabelecer a partir de mecanismos naturais.

O gerente de Recursos Hídricos do Ipaam, Sérgio Martins, ressaltou a necessidade de se enxergar o problema ambiental além dos flutuantes, pois na região do Tarumã-Açu existem inúmeras variáveis que atingem diariamente o fluxo hídrico do local.

“Não podemos aqui crucificar apenas os flutuantes. São várias atividades que rodeiam esse local. Hotéis, aterros controlados, indústrias, cemitérios, desmatamento da mata ciliar, tudo isso contribui na qualidade da água”, explicou.

Sérgio Martins destacou, ainda, a importância da parceria entre UEA e o Instituto, e no que diz respeito ao desenvolvimento das competências de gestão hídrica para melhor atender e conscientizar a população, além de simultaneamente, proteger, bem como preservar as águas da região.

“Hoje vivemos um momento histórico para o Ipaam, pois estamos tendo a oportunidade de trabalhar com um dos melhores laboratórios de química da América Latina, em uma parceria que nos direcionará para atuarmos de modo eficaz no processo de gestão da qualidade das águas do Rio Tarumã. Futuramente, poderemos ter um índice hídrico desse local, e assim, trabalharemos junto ao Comitê de Bacias para sabermos o rio que temos, o rio que queremos e o rio que podemos ter. É com esse intuito que estamos iniciando essa longa jornada, trazendo à população manauara o seguinte questionamento: vivemos uma crise hídrica ou será uma crise de conscientizaçãohumana?”, pontuou o gerente.

Os resultados finais das amostras recolhidas, neste domingo (12/09), serão divulgados nos próximos dias.

Parceria — O Acordo de Cooperação Técnica entre Ipaam e UEA está sendo desenvolvido pelos técnicos do Instituto e o grupo de pesquisa “Química Aplicada à Tecnologia” da Escola Superior de Tecnologia (EST). A previsão é de que a parceria estenda as pesquisas hídricas por toda orla da capital, e futuramente aos demais rios do estado amazonense. 

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