Equipes do Programa de Pesquisa em Biodiversidade e do Centro e Estudos Integrados da Biodiversidade Amazônica (PPBio/Cenbam) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) estão em processo de instalação de dois novos módulos de pesquisas, na Floresta Nacional do Tapajós, em Santarém, no Pará.
Os novos módulos fazem parte do Projeto de Longa Duração (Peld) “Monitoramento da biodiversidade em longo prazo para avaliar os efeitos de mudanças ambientais e climáticas na diversidade de espécies de plantas e animais”, coordenado pela pesquisadora Albertina Lima.
Para dar subsídio ao projeto, integrantes do PPBio/Cenbam treinaram comunitários em instalação de parcelas permanentes de distribuição uniforme seguindo o protocolo estabelecido pelo PPBio.
Parcelas permanentes são unidades amostrais que tem a finalidade de acompanhar o desenvolvimento da floresta. É uma ferramenta importante para gerar diversas informações sobre a dinâmica da fauna e flora, isto por meio do monitoramento contínuo para diferentes sítios da Amazônia.
O treinamento foi realizado pela engenheira florestal Thaiane Sousa e pela ecóloga Maria Aparecida de Freitas, no período de 6 a 15 de janeiro, e capacitou 22 comunitários das localidades Acaratinga e Jaguarari. “Nestes dois locais serão inseridas um total de 20 parcelas permanentes de pesquisas PPBio”, diz Freitas.
Os módulos PPBio têm formato retangular e são compostos por duas trilhas paralelas de 5 km ligados por trilhas de 1 km, dentro desses módulos são instaladas as parcelas permanentes de distribuição uniforme, além de parcelas aquáticas e ripárias.
As parcelas permanentes de distribuição uniforme seguem a curva de nível do terreno, são distribuídas de forma sistemática ao longo das grades ou módulos com 1 km de distância entre si e tem 250 m de comprimento.
A demarcação da linha central das parcelas é feita por no mínimo duas pessoas e é materializada com barbante de plástico, sempre em segmentos retos de 10 m. Estes segmentos são fixados com piquetes feitos de tubos de PVC com diâmetro de 1/2 polegada e comprimento de 50 cm.
Cada piquete recebe uma placa de alumínio indicando a metragem ao longo da linha central. Seu início é a 10 m de distância da trilha principal, seguindo a cota de nível do piquete instalado na trilha principal.
“O PPBio acredita que a capacitação profissional dos comunitários pode levar a uma transformação social, através da valorização e qualificação da mão de obra local envolvendo as mais diversas áreas da pesquisa científica”, diz Sousa.