Lideranças indígenas de Mato Grosso fazem intercâmbio no Acre para conhecer formação de Agentes Ambientais

Uma equipe visitou o Acre para compreender melhor a proposta do programa de formação e adaptar as melhores práticas à realidade de Mato Grosso. 

Representantes da Governança Indígena do Programa REM MT realizaram um intercâmbio para conhecer o programa de formação de Agentes Ambientais Indígenas do Acre, que existe há cerca de 20 anos. O Programa REM MT subsidiou a viagem das lideranças com o intuito de trocar experiências com o Programa REM Acre, que apoia a capacitação através de programa de formação e bolsas de estudo para os agentes ambientais no Estado.

Inspirada por este modelo, uma equipe do Programa REM MT, junto com os representantes indígenas, visitaram o Acre para compreender melhor a proposta  do programa de formação e adaptar as melhores práticas à realidade de Mato Grosso. 

O Programa REM Acre atua junto com e com a Associação dos Agentes Agroflorestais do Acre (AMAAIAC). O programa inclui cursos intensivos e monitoramento contínuo das ações dos agentes em formação.

Intercâmbio foi importante para o desenvolvimento do programa de formação em Mato Grosso. Foto: Reprodução/Programa REM MT 

A cientista social e antropóloga do Programa REM MT, Paula Vanucci, explica como está sendo idealizada essa formação em Mato Grosso.

“O objetivo é que o Programa não só forneça formação técnica, mas que também seja um fomento para o reconhecimento dessa categoria, essencial para a defesa dos territórios indígenas. O enfoque principal será na segurança alimentar e na vigilância territorial. A experiência do Acre demonstra que é possível restaurar áreas degradadas e implementar Sistemas Agroflorestais (SAF) e quintais produtivos, garantindo assim a produção de alimentos para as aldeias”, explica Paula.

As lideranças indígenas e os representantes do Programa REM MT acompanharam, por dois dias, o curso de formação dos agentes agroflorestais no Centro de Formação dos Povos Indígenas da Comissão Pró-Indígenas, observando práticas como manejo de tartarugas e tracajás, implementação de SAFs e aproveitamento de águas da chuva com tecnologias sociais. Essas experiências serão fundamentais para a discussão e fechamento do desenho do curso para Mato Grosso, que deverá ocorrer no segundo semestre de 2024. 

Com os resultados promissores verificados no Acre, o Programa REM MT visa replicar esses sucessos, promovendo autossuficiência alimentar e o bem estar das comunidades indígenas, conciliando com a proteção ambiental  e o uso sustentável dos recursos naturais. Este projeto espera não só capacitar novos agentes ambientais indígenas, mas também servir como um legado duradouro para futuras políticas públicas de proteção e desenvolvimento das terras indígenas em Mato Grosso.

*Com informações do Programa REM MT

 

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