ICMBio lança Plano Nacional para proteger 74 espécies de aves amazônicas

Dentre as principais ameaças de extinção das aves amazônicas estão a fragmentação e perda de território devido à conversão da floresta em pastagens e problemas relacionados, como por exemplo o garimpo.

Mutum-pinima será uma das espécies contempladas pelo PAN. Foto: Gustavo Gonsioroski

O Instituto Chico Mendes (ICMBio) lançou o segundo ciclo do Plano de Ação Nacional (PAN) Aves da Amazônia. A iniciativa será coordenada mais uma vez pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave).

Além do Cemave, o PAN reúne diversos parceiros de universidades e instituições de pesquisa, Secretarias Estaduais de Meio Ambiente, Órgãos Governamentais e ONGs. 

O Plano vai contemplar 74 espécies de aves amazônicas, sendo três classificadas atualmente como ‘Criticamente em Perigo’, ou seja, a categoria mais próxima da extinção na natureza: o mutum-pinima (Crax fasciolata pinima), o jacamim-de-costas-escuras (Psophia obscura) e o bicudo (Sporophila maximiliani). Há mais sete na categoria ‘Em Perigo’ e os demais na categoria ‘Vulnerável’.

Também são beneficiadas pelo PAN seis espécies categorizadas como ‘Quase Ameaçadas’ e uma espécie migratória que consta na CMS (Acordo internacional para conservação de espécies migratórias).

Leia também: As 10 espécies mais ameaçadas da Amazônia

Dentre as principais ameaças de extinção das aves amazônicas estão a fragmentação e perda de território devido à conversão da floresta em pastagens e problemas relacionados, como por exemplo o garimpo. Outra ameaça identificada é o impacto causado pelas hidrelétricas, que podem alterar a dinâmica natural de inundação e trazer impactos de território e alimentação para as aves.

“Este Plano de Ação expressa diretamente a multiplicidade de nossas funções de proteção ao bioma, não somente atuando na fiscalização, mas também trabalhando pela recuperação das áreas degradadas e das espécies que vivem por lá”,

avalia o presidente do ICMBio, Mauro Pires.

Assim, o PAN estabelece como objetivo geral a melhoria do estado de conservação das espécies em cinco anos. Essa melhoria virá com ações que combatam a redução e perda de habitat em decorrência de atividades antrópicas buscando reduzir e mitigar os impactos da agropecuária; da mineração e dos efeitos de hidrelétricas sobre as populações de aves. Além disso, há ações visando a redução da caça e captura destas espécies, para estimular a criação de corredores ecológicos, o turismo de observação e para melhoria do tamanho das populações.

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