Força-tarefa intensifica combate às queimadas na Região Metropolitana de Manaus

Força-tarefa está sob a coordenação do Exército Brasileiro.

Nesta quarta-feira (24), órgãos do sistema de segurança, de proteção ambiental e o Exército lançaram a força-tarefa integrada general Rodrigo Octávio, focada no combate às queimadas, nos municípios que compõem a Região Metropolitana de Manaus (RMM). A ação integra o trabalho de combate aos crimes ambientais, intensificado no sul do Amazonas.

“Essa operação que está sendo desencadeada agora de combate a derrubadas ilegais e queimadas, na Amazônia, tem uma grande importância para nosso meio ambiente. Esse grupamento irá atuar em 28 municípios do interior do Amazonas, sob a coordenação do Exército Brasileiro com a participação de várias forças da segurança pública”, afirmou o secretário de segurança, coronel Louismar Bonates.

Força-tarefa sob a coordenação do Exército Brasileiro. (Foto: Ericson Andrade/ SSP-AM/ Soldado Manoel Lucas / DCS-PM-AM)

A operação envolve órgãos do sistema de segurança, como a Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, além dos órgãos ambientais estaduais, como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, o Instituto de Proteção Ambiental (Ipaam), além de órgãos federais, como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A solenidade de lançamento ocorreu no 1° Batalhão de Infantaria de Selva (1° BIS), no São Jorge, zona oeste de Manaus, com a presença do comandante-geral da PM, Coronel Ayrton Norte, da delegada-geral da Polícia Civil, Emília Ferraz, do comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Danízio Valente, entre outras autoridades.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ayrton Norte, reafirmou o reforço e compromisso da PM. “Nós estamos trabalhando com prevenção e conscientização. Nós temos que fazer a repreensão contra o crime organizado combatendo o crime na ponta, principalmente, os crimes florestais,” destacou.

O general Marcelo, do 2º Grupamento de Engenharia (2º Gpt E), ressaltou a atuação da força-tarefa integrada, que foi batizada de General Rodrigo Octávio. “Atuaremos de forma coordenada, ao encontro das diretrizes e peculiaridades de cada instituição para que por meio desse trabalho integrado possamos ter melhores resultados na prevenção do desmatamento ilegal e das queimadas,” afirmou.

Ações de prevenção e educação ambiental

Ações voltadas para a prevenção aos ilícitos ambientais também são componentes estratégicos da operação integrada. As atividades vão ser realizadas por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), em parceria com o Exército Brasileiro. As equipes vão trabalhar em conjunto para promover oficinas, palestras e outras atividades de educação ambiental, a partir desta quinta-feira (25/06), em especial nos municípios da Região Metropolitana de Manaus (RMM) e sul do estado.

De acordo com a secretária executiva adjunta da Sema, Christina Fischer, as equipes estão focadas na responsabilidade de levar informação à população a fim de evitar o uso inconsciente do fogo nos meses de estiagem, além da repressão às ações ilegais. “A ideia é que a gente possa integrar esforços tanto de proteção ambiental voltada para as ações de fiscalização quanto para as atividades de prevenção com uma atuação ativa de educação ambiental, representada pelos Agentes Ambientais Voluntários”, pontuou.

Segundo o diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente, o órgão possui um papel fundamental nessa ação integrada. “Combater os ilícitos ambientais e proteger os nossos recursos naturais são os focos dessa união. O papel do Ipaam nesta operação é de campo. Estamos na ponta do combate aos ilícitos, além de executar e planejar, em parceria com outros órgãos, as ações da Operação Curuquetê 2, que o Governo do Estado já está realizando”, informou o presidente.

O titular do Ipaam disse ainda que o órgão vai realizar ações de orientação de combate às queimadas e ao desmatamento. “O Ipaam também levará a mensagem de preservação da floresta através de ações de educação ambiental. Por isso, se faz necessária essa parceria porque a operação não visa apenas reprimir, mas levar também um trabalho de conscientização”, disse Juliano.

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