Focos de calor na Amazônia em julho de 2024 tiveram aumento de 98% em relação ao mesmo mês no passado

Julho tem recorde de fogo para o mês em quase vinte anos. A Amazônia registrou mais da metade dos focos de calor em julho, com 50,9% do total.

A Amazônia teve 11.434 focos de calor em julho de 2024, segundo dados do sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), um aumento de 98% em relação ao mesmo mês no ano passado (que registrou 5.772 focos de calor). O maior registro de fogo no mês foi 30 de julho, com 1348 registros em um único dia. 

Julho também teve o maior registro de fogo na Amazônia desde 2005, quando ocorreu o recorde histórico de 19 mil focos de calor para um mês de julho. No estado do Amazonas, o recorde de focos de queimadas é histórico, sendo o maior desde 1998, quando o Inpe iniciou as medições.

É esperado um aumento nos alertas de de desmatamento e nas queimadas na Amazônia entre julho e outubro, época onde a maioria dos estados passa pelo “verão amazônico”período em há diminuição da chuva e da umidade relativa do ar e do aumento da temperatura, o que deixa a vegetação mais seca e sujeita ao fogo. 

Saiba mais: Verão amazônico, entenda as origens do fenômeno e suas consequências

O porta-voz também alerta que julho é apenas o primeiro mês deste período seco na Amazônia, e que há previsões de uma seca muito severa no bioma em 2024. 

Caminhos para o combate do fogo

“É preciso abandonar o uso do fogo na pecuária e agricultura, ficando seu uso restrito a povos indígenas, populações tradicionais que historicamente manejam o fogo em áreas muito pequenas e pequenos agricultores que não tem outra opção viável tecnicamente e financeiramente”, afirma o porta-voz.

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