Floresta Viva: parceria promove recuperação em 4 unidades de conservação no Amazonas 

Serão implementados projetos de restauração ecológica e sistemas agroflorestais para gerar oportunidades de renda para comunidades locais.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Eneva anunciaram parceria para promover a recuperação florestal em quatro unidades de conservação (UCs) no estado do Amazonas, por meio da iniciativa Floresta Viva

São dois projetos que envolvem o plantio de espécies nativas e a implantação de sistemas agroflorestais, combinando culturas agrícolas com espécies florestais nativas, e que também atuam para capacitar a população local e criar oportunidades de renda para as comunidades envolvidas, como a criação de uma rede de coletores de sementes de espécies nativas.

O esforço conjunto inclui a restauração ecológica de 400 hectares de áreas degradadas, o que equivale a 560 campos de futebol, com um investimento superior a R$ 10 milhões. As ações se concentram na Área de Proteção Ambiental (APA) Margem Esquerda do Rio Negro – Setor Tarumã Açu e Tarumã Mirim – e nas reservas de desenvolvimento sustentável (RDSs) do Uatumã, Puranga Conquista e Tupé.

Selecionados por edital, ambos têm prazo de execução de até 48 meses e estão alinhados com os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODSs) das Nações Unidas.

A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destaca que o banco já aprovou oito projetos do Floresta Viva para ações de recuperação em restingas e manguezais, com investimentos de mais de R$ 47 milhões. 

De acordo com a diretora-executiva de Estratégia e ESG da Eneva, Flavia Heller, os projetos selecionados se inserem no compromisso da empresa em contribuir para a conservação e recuperação do bioma da Amazônia em áreas degradadas, “sempre com um aspecto social muito importante: o de capacitação e criação de cadeias produtivas compatíveis com a floresta, que possam gerar renda e oportunidade de emprego para as comunidades locais”.

Projetos

Coordenado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), o projeto Restauração Ecológica Produtiva: Promovendo uma Paisagem Sustentável na Amazônia será desenvolvido em três UCs da região de Manaus e dos municípios de Itapiranga e São Sebastião do Uatumã e atuará na restauração da floresta por meio de sistemas agroflorestais, conciliando o plantio de espécies agrícolas e nativas em 200 hectares.

O projeto deverá produzir e plantar aproximadamente 66 mil mudas. Além de instalar viveiros comunitários, o projeto pretende aperfeiçoar viveiro existente e realizar cursos de capacitação nas comunidades. “O propósito é fomentar a cadeia da restauração como um instrumento de mudança do modelo de ocupação da terra, com geração de renda e valorização da alta biodiversidade existente na região”, destacou o diretor Técnico do Idesam e coordenador do projeto, André Viana.

O projeto Reflora, liderado pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), vai implementar a restauração em 200 hectares na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Puranga Conquista, no rio Negro, em Manaus. Na área, será criada a rede de coletores de sementes, bem como outras práticas de desenvolvimento de sistemas agroflorestais para diversificar produtos extraídos ou cultivados na floresta.

Iniciativa

Concebida pelo BNDES para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e promover a preservação da biodiversidade em diferentes biomas brasileiros, a iniciativa Floresta Viva tem o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Fuinbio) como responsável pela gestão operacional e pela condução da execução. 

Seminário

Representantes do Banco apresentaram nesta terça-feira, 6 de agosto, durante seminário na sede do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus, o projeto Floresta Viva Amazonas, fruto de edital da iniciativa Floresta Viva lançado em 2023.  O projeto prevê investimento de R$ 250 milhões do BNDES, ao longo de quatro anos, em ações de restauração ecológica em territórios do bioma amazônico, começando pelo Estado do Amazonas.

Campos Amazônios-71
Foto: Divulgação / Funbio

O projeto prevê a restauração ecológica de 400 hectares de ecossistemas degradados e enriquecimento de capoeiras de reservas extrativistas e áreas de proteção ambiental na região de Manaus e Presidente Figueiredo.

As ONGs Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) e Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável no Amazonas (Idesam) atuarão em cinco unidades de conservação: a Área de Proteção Ambiental (APA) Ufam-Acariquara, no caso do IPÊ, e as reservas de desenvolvimento sustentável (RDSs) Poranga Conquista, São João do Tupé e Uatumã, além da APA Tarumã Mirim e do Parque Estadual Samaúma, na área urbana de Manaus.

*Com informações de Agência BNDES de Notícias.

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