Foto: Jesiel Braga/Prefeitura de Macapá
Um estudo realizado em Rondônia tem buscado avaliar qual o impacto da polinização de abelhas sem ferrão na produção de açaí (Euterpe oleracea) no estado. O projeto ‘Produção do açaí (Euterpe oleracea) integrada a diferentes densidades de colmeias de abelhas sem ferrão, Jataí (Tetragonisca angustula), em Rondônia’ é desenvolvido pelo pesquisador Henrique Silva Sérvio.
O objetivo é entender como diferentes densidades de colmeias da espécie Jataí (Tetragonisca angustula) podem influenciar diretamente a produtividade, a qualidade do fruto e a preservação das abelhas nativas. Além disso, comparar o cultivo de açaí em cenários com e sem colmeias, medindo os efeitos da polinização e identificando práticas capazes de elevar os padrões de produção.
📲 Confira o canal do Portal Amazônia no WhatsApp
Entre os desdobramentos previstos, está o desenvolvimento de uma metodologia automatizada para determinar a quantidade ideal de colmeias por área, com possibilidade de registro de patente e novas referências tecnológicas para o setor.
O estudo é financiado com recursos do Programa de Apoio à Pesquisa e Soluções Inovadoras (PAP), do governo de Rondônia por meio da Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa (Fapero) e recebeu R$ 180.905,00.
Leia também: Meliponicultura: Entenda o universo das abelhas sem ferrão na Amazônia
Estudo apresenta relevância social, ambiental e econômica

A iniciativa se destaca pela relevância social e ambiental ao propor a integração sustentável da criação de abelhas sem ferrão com os açaizais de Rondônia. Diante do crescimento da demanda nacional e internacional pelo fruto, o estudo busca fortalecer a agricultura familiar e ampliar o valor agregado da produção local.
Com foco no fortalecimento da fruticultura rondoniense, a Fapero está financiando por meio do programa PAP Fruticultura, sete iniciativas, cada uma voltada ao fortalecimento de uma cadeia produtiva específica, entre elas: banana, maracujá, açaí, abacaxi, mamão, melancia e acerola.
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, pesquisas como essas são fundamentais para o fortalecimento da fruticultura rondoniense: “O futuro do setor está na união entre conhecimento científico, manejo sustentável e a adoção de tecnologias que aumentem a produtividade e a qualidade dos frutos, garantindo competitividade e preservação dos recursos naturais”.
*Com informações da Fapero
