Rio Solimões durante estiagem de 2024 em Tabatinga, no Amazonas. Foto: Roney Elias/Rede Amazônica AM
Apesar de apresentar subidas repentinas no volume de água, o Rio Solimões continua secando na região da tríplice fronteira entre o Brasil, Peru e Colômbia. Desde o mês de junho, quando começou o processo de estiagem na região, o nível do Rio Solimões tem variado.
Conhecido como repiquete, essas subidas repentinas duram, em média, três dias. A última elevação ocorreu entre os dias 11 e 13 de julho, quando o rio subiu dezessete centímetros.
O Solimões voltou a secar no último domingo (14) e até segunda-feira (15), baixou mais seis centímetros, atingindo a cota de 5,76m.
Dos vinte municípios em situação de emergência no Amazonas por causa da estiagem, sete estão na região do Alto Solimões: Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do Norte, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá e Tonantins.
Por causa da seca, algumas embarcações que transportam cargas e passageiros de Manaus não estão viajando mais para a cidade de Benjamin Constant. Algumas comunidades rurais já enfrentam dificuldades de acesso fluvial para chegar as sedes dos municípios.
O menor nível registrado no Rio Solimões pelo Serviço Geológico do Brasil foi em 11 de outubro de 2010, quando as águas chegaram a cota de -0,86m.
*Por Rôney Elias, da Rede Amazônica AM