Atualmente, as áreas protegidas brasileiras – responsáveis por uma série de serviços ecossistêmicos como controle do clima, purificação da água e do ar, controle de pragas, recreação e turismo – correm grandes riscos com projetos de infraestrutura que são feitos sem o devido cuidado ambiental, como hidrelétricas e estradas.
Na programação do encontro, constam temas como governança, gestão integrada e compartilhamento de experiências exitosas.
A coordenadora da Rede Mosaico de Áreas Protegidas (Remap), Heloisa Dias, lembrou do motivo desta mobilização: “Queremos fortalecer a estratégia de mosaicos num contexto nacional e ajudar a consolidar as políticas públicas voltadas para os territórios protegidos do Brasil”, explicou.
A Remap reúne gestores, pesquisadores e interessados nos mosaicos de áreas protegidas do Brasil. Atualmente a rede articula a realização de outros encontros ao longo do ano: existe a proposta de um evento em maio voltado aos mosaicos da Mata Atlântica e outro em setembro, para debater a situação dos mosaicos do Cerrado e do Espinhaço. Um encontro nacional deve acontecer no final do ano.
Para a analista de conservação do WWF-Brasil, Jasylene Abreu, este momento será uma grande oportunidade de conhecer e entender as realidades locais de cada mosaico de áreas protegidas. “Precisamos reforçar as articulações locais e a implementação desses mosaicos. Então penso que essa será uma oportunidade de conhecer essas iniciativas, visualizá-las e realizar diagnósticos para saber quais são os seus problemas e desafios”, afirmou.
Participam deste encontro, oficialmente, os representantes dos seguintes mosaicos:
· Mosaico do Lago de Tucuruí (PA);
· Mosaico do Apuí (AM);
· Mosaico do Baixo Rio Negro (AM);
· Mosaico da Amazônia Meridional (AM/MT/RO);
· Mosaico da Amazônia Oriental (AP/PA);
· Mosaico do Jalapão (TO/BA).
Participam da organização do I Encontro dos Mosaicos de Áreas Protegidas da Região Norte: a Remap, o WWF-Brasil, o Instituto Pacto Amazônico (IPA), o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), a Fundação Vitória Amazônica (FVA), o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), o Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o Instituto Socioambiental (ISA) e o WCS-Brasil.
Transmissão
O primeiro dia de programação terá transmissão ao vivo no perfil oficial do WWF-Brasil no Youtube. A transmissão tem início às 09h em Manaus (10h de Brasília-DF) e será possível interagir com a mesa onde serão realizadas as palestras e os painéis.
O que é um mosaico de áreas protegidas?
Um mosaico de áreas protegidas é uma figura jurídica prevista na lei nº 9985/2000, a lei que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc).
Ele é basicamente um conjunto de unidades de conservação, quilombos ou terras indígenas que, por compartilhar uma série de características físicas em comum (geografia, hidrografia e biodiversidade, por exemplo) compartilham ações, planos e estratégias comuns para conservação de seus recursos naturais, culturais e sociais.
A ideia dos mosaicos é otimizar recursos e maximizar resultados, garantindo a participação social no controle das áreas protegidas e garantir maior eficiência nas ações. Atualmente, existem 15 mosaicos de áreas protegidas no Brasil – a maior parte deles na Amazônia.
Quando: 7 a 9 de março de 2017, às 09h (Horário de Manaus)
Onde: Quality Hotel – Av. Mário Ypiranga, 1090, Adrianópolis – Manaus-AM