Floresta Nacional do Tapirape Aquiri. Foto: João Marcos Rosa
Neste mês, em Manaus (AM), o governo federal lançou três novos editais do programa Restaura Amazônia, no valor total de R$ 79 milhões. O anúncio ocorreu durante solenidade que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
Os recursos vão priorizar ações em Unidades de Conservação (UCs) localizadas no Arco do Desmatamento, região que atravessa sete estados amazônicos e concentra algumas das maiores pressões sobre a floresta.
A expectativa é recuperar até 2,2 mil hectares de vegetação nativa (um espaço equivalente a cerca de 3 mil campos de futebol), por meio de 13 projetos, além de gerar aproximadamente 880 empregos diretos e indiretos.
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Em evento no último mês, o presidente do ICMBio, Mauro Pires, ressaltou o potencial da agenda de restauração. Para ele, além de constituir uma plataforma de desenvolvimento sustentável, produção e melhoria da economia com inclusão produtiva, esta agenda pode fazer com que o cidadão comum encontre razão na conservação ambiental.
“Um estudo recente mostra que as pessoas estão perdendo a conexão com a natureza, o que traz prejuízos de saúde, inclusive de saúde mental”, mencionou.
“E se a gente consegue uma agenda inclusiva, voltada à restauração, garantindo empregos, trazendo benefícios ambientais e promovendo uma conexão com a natureza, creio que aí sim vamos conseguir enfrentar esse cenário de emergência climática”, declarou ele.
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Os recursos, provenientes do Fundo Amazônia, serão divididos da seguinte forma: R$ 26,9 milhões para Acre, Amazonas e Rondônia; R$ 30,7 milhões para Mato Grosso e Tocantins; e R$ 21,6 milhões para Pará e Maranhão. Os valores incluem a remuneração dos parceiros gestores do Restaura Amazônia – Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) e Conservation International do Brasil (CI Brasil).
As propostas poderão ser enviadas até 10 de novembro de 2025. Já os projetos selecionados terão até 48 meses para implementação.

O que é o Arco da Restauração?
A iniciativa faz parte do projeto Arco da Restauração, uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o ICMBio e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que prevê a recuperação de 6 milhões de hectares de áreas degradadas até 2030.
O objetivo é reverter o processo histórico de destruição no chamado Arco do Desmatamento, região onde a Floresta Amazônica tem sido mais impactada pela derrubada e pela expansão agropecuária. A estratégia é transformar esse território em um cinturão verde de proteção e restauração, fortalecendo a conservação e garantindo benefícios sociais e econômicos para as comunidades locais.
Restaura Amazônia: parte de uma estratégia maior
Lançado em 2024, o Restaura Amazônia é a principal ação dentro do Arco da Restauração. O programa conta com R$ 450 milhões do Fundo Amazônia para restaurar: Unidades de Conservação (UCs); Terras indígenas e quilombolas; Áreas de Preservação Permanente (APPs); e Reservas legais em assentamentos e pequenas propriedades rurais.
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O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançaram, no dia 21 de março, Dia Internacional das Florestas, chamada pública para iniciativa ‘Restaura Amazônia‘ na área do ‘Arco da Restauração’, território crítico de desmatamento, que vai do leste do Maranhão ao Acre. O ato de lançamento aconteceu na sede do MMA, em Brasília (DF).
A iniciativa está alinhada ao Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), que busca cumprir a meta da Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Proveg), de restaurar até 12 milhões de hectares de áreas degradadas no Brasil.
*Com informações do ICMBio
