O presidente da Bolívia, Evo Morales, decretou nesta segunda-feira (21) emergência nacional pela escassez de água causada por uma prolongada seca e pediu que todos estejam preparados para uma maior contingência. A falta d’água afeta várias regiões do país da Amazônia Internacional. Após comandar uma reunião do gabinete de emergência, o presidente disse que o governo nacional e os prefeitos estão autorizados a priorizar recursos estatais para lidar com a situação.
“É preciso estar preparado para o pior”, afirmou Evo em entrevista coletiva, uma semana após a administradora estatal de água em La Paz anunciar cortes drásticos no abastecimento. Os reservatórios que abastecem a cidade estão quase secos.
Os cortes no abastecimento se intensificaram desde o domingo (20) e se estenderam para a cidade vizinha de El Alto. A emergência abrange boa parte de La Paz. Os bairros mais afetados receberão três horas de água a cada três dias, segundo o novo plano. O governo anunciou que haverá mais caminhões-pipa para distribuir água.
La Paz e outras cidades do oeste boliviano se abastecem em reservatórios que ficaram quase secos por causa do fenômeno climático El Niño, que destruiu colheitas e afetou o gado. O serviço de meteorologia nacional informou que não se esperam chuvas até os primeiros dias de dezembro.
Solução a curto prazo
Nesta terça-feira (22), Morales garantiu que já existe uma solução a curto prazo para a falta de água potável na capital do país. Após realizar um sobrevoo com especialista nos arredores da cidade, o presidente apontou a lagoa Kasiri como uma medida paliativa. “Os técnicos avaliaram que a lagoa tem boas condições. Ela seria uma solução a curto prazo para La Paz”, disse o presidente.