O Balneário Água Doce, tem dois recintos com araras e emas; 27 pássaros foram soltos no local na última semana.
Posteriormente foram levados para a soltura um total de 27 aves e a destinação de quatro emas filhotes, que foram resgatadas pelo Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA) após ter a mãe atropelada em Chapada dos Guimarães. Elas ficarão no local para reabilitação até estarem aptas a voltarem ao seu habitat natural. Veja aqui o vídeo das emas filhotes.
As 27 aves soltas no Balneário são 20 periquitos-de-encontro-amarelo, quatro jandaias e três papagaios-verdadeiros, que foram resgatadas ainda filhotes e, após o período necessário para readaptação e treinamento de voo, estavam prontas para serem soltas na natureza.
O gerente de Fauna da Sema, o biólogo Waldo Troy, ressalta que a parceria de áreas de soltura com a Sema é fundamental para o trabalho com animais silvestres.
“É um trabalho voluntário em que a pessoa realmente gosta do que faz. É preciso ser um local ideal para se aclimatar antes de ser solto, pois quando estiver apto a soltura ele possivelmente vai permanecer na mesma região da área cadastrada, só que de forma livre na natureza. Locais que fazem a reabilitação precisam de recintos adequados, como os que estão as araras, que têm que ter espaço para permitir voos curtos que desenvolva a musculatura do peito para torna-las aptas a soltura”.
Cilbene cuida hoje, de forma voluntária, das emas filhotes e araras que estão em fase de treinamento de voos. Os animais foram destinados pela Sema em diferentes datas e estão no recinto parceiro para reabilitação. Veja aqui o vídeo dos periquitos e aqui das araras.
O trabalho voluntário de reabilitação e aclimatação é visto como prazeroso pela proprietária do Balneário.
“Nós já vivemos em um habitat natural dos animais silvestres e estamos à disposição para auxiliar a Sema no que for preciso. Já trabalhamos com turismo rural há muitos anos, mas como área de soltura é recente, começamos este ano”,
relata.
Programa ASAS
Fomentado pela Coordenadoria de Fauna e Recursos da Sema, para ser cadastrado no projeto, o local deve ter uma área de conservação da mata e um recinto adequado em que o animal possa aclimatar antes de ser solto.
“Ao receber animais de entrega voluntária, resgate e apreensão, fazemos uma triagem, reabilitamos, levamos a atendimento veterinário se necessário e depois trazemos para os locais cadastrados no programa ASAS, para que possam ter uma aclimatação e se adaptem na região, para serem devolvidos à natureza e solto no habitat natural dele”, explica o Coordenador de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema, o veterinário Eder Toledo.
Interessados em acolher animais silvestres resgatados devem preencher o requerimento padrão da Sema disponível no portal e enviar o documento para o e-mail: .faunaepesca@sema.mt.gov.br. Será agendada uma vistoria para analisar a viabilidade do local e fornecer orientação ao interessado.
Orientações e Denúncias
Eder Toledo explica a importância do cuidado correto com animal silvestre. “Pegar um animal silvestre e levar para casa, tratar como pet é crime, com sanções previstas na lei. Existe uma série de situação, conhecimento técnico e local adequado para o manejo de alimentação, reabilitação e aclimatação para que este animal possa voltar a seu habitat natural de forma correta”, ressalta.
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A Sema orienta que, ao se deparar com crimes contra animais silvestres, a população denuncie por meio da Ouvidoria no número 0800 065 3838 ou em uma das unidades regionais.
Se encontrar animais silvestres que necessite de resgate, acione a Polícia Militar pelo 190 ou o Corpo de Bombeiros pelo 193. O procedimento é importante para evitar riscos desnecessários tanto a saúde do animal como ao cidadão.