Aranha rara é encontrada durante trilha noturna temática no Museu da Amazônia

Uma fêmea da aranha papa-moscas (Chinoscopus gracilis), descrita pela primeira vez em 1872 foi a atração durante a atividade.

Uma aranha rara foi encontrada durante uma trilha noturna no Museu da Amazônia (MUSA), na última semana. Segundo o zoólogo e pesquisador de Aracnídeos Thiago Carvalho, uma fêmea da papa-moscas (Chinoscopus gracilis), descrita pela primeira vez em 1872 pelo aracnólogo Polonês Wladyslaw Taczanowski foi a atração durante a atividade. “A verdinha Chinoscopus é um animal raro, dificilmente vista”, disse o pesquisador.
Aranha papa-moscas (Chinoscopus gracilis)

Ainda segundo Thiago, entre os aracnídeos, há outros organismos além das aranhas.

“Os aracnídeos, de forma geral, não apenas as aranhas são organismos que fazem parte de um grupo bastante antigo de animais. De fato, eles estão entre os animais atuais, descendente dos mais antigos que a gente conhece, no caso, os trilobitas. E alguns ainda tem vestígio de segmentação, que é algo que surgiu a milhões de anos atrás. E não apenas isso, de forma geral, os aracnídeos tem comportamentos interessantissimos com relação a defesa, predação, ao namoro e cópula, detalhes diferentes dos que estamos acostumados, um outro mundo, em grande parte, em miniatura, por serem tão pequenos”, disse.

Além da aranha rara, outros aracnídeos foram idenficados durante a trilha, como o Opilião, em que a espécie ainda está em processo de descrição, e segundo o zoólogo, pode ser considerada uma espécie nova pra ciência, e é do gênero Cynorta, família Cosmetidae. Outro achado foi o amblipígio, não também não é aranha.

“O amblipígio chama-se ‘Heterophrynus longicornis’, descrito pela primeira vez pelo entomologista e aracnólogo inglês Arthur Gardiner Butler em 1873”, destacou.

Trilha

Chamada de Trilha Noturna Temática “Noite dos Aracnídeos” , a segunda edição da atividade será nesta sexta-feira (18) e começa com o pôr-do-sol, quando os participantes estarão na torre de observação do Musa, em seguida, descem e percorrem a trilha em busca das aranhas.

“O intuito da atividade é tentar aproximar esse grupo de animais das pessoas, que em geral são vistos como negativo pela população. É bastante importante que a gente passe essas informações, porque apenas com conhecimento e educação a população pode chegar a conclusão de porque é importante preservar, conservar esses animais, assim comoa floresta. Os aracnídeos são considerados predadores-chave na floresta e isso é extremamente importante para manter a qualidade do ambiente. Então, aspectos da vida e do que se conhece dos aracnídeos é o que vamos discutir durante as duas horas de trilha noturna na floresta”, disse o zoólogo.

Orientações da atividade

Para participar é preciso fazer agendamento porque as vagas são limitadas e é necessário que todos usem roupas adequadas para a atividade. O participante deve vir com calça comprida, camisa de manga longa, sapato fechado (tênis ou bota), boné ou chapéu, além de usar repelente e trazer uma lanterna (de mão ou de cabeça). Esses materiais não serão oferecidos pelo Musa. Esta programação não é aconselhada para crianças.

Inscrições: agendamento@museudaamazonia.org.br
Valor: R$ 100 por pessoa

Informações: (92) 3582-3188 • 99280-9059 e Whatsapp: (92) 99280-4205

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