Mestre em Ciências Florestais pela Universidade de São Paulo (USP), Paulo Henrique é do quadro do instituto e estava à frente da Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação (Diman). Além do instituto, o analista também trabalhou no Ibama e na Associação ECOAR Florestal. Ele irá suceder o oceanógrafo Ricardo Soavinski, que deixou o ICMBio, no final de abril, para assumir a presidência da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). Desde a saída de Soavinski, Silvana Canuto Medeiros ocupava o cargo interinamente.
A nomeação ocorre após manifestações de servidores do órgão e de entidades da sociedade civil contra a possibilidade de o instituto ser ocupado por indicados políticos. No último mês, servidores do órgão se mobilizaram, pelo menos duas vezes, em cartas abertas, contra a possível escolha de integrantes do PROS para assumir a função, entre eles o vice-presidente do partido, Moacir Bicalho, e Cairo Tavares, diretor técnico da sigla, e por não terem experiência na área.
No último dia 25, o Ministério Público Federal (MPF) defendeu que o cargo requer “requisitos mínimos de conhecimento técnico da área e experiência gerencial, como prevê a legislação brasileira”. Na ocasião, o MPF alertou que, caso esse aspecto não fosse observado na escolha do novo presidente do ICMBio, iria adotar medidas judiciais cabíveis. A nota foi assinada por 23 procuradores.