Amazônia bate, antecipadamente, meta de redução em emissões de carbono

Foto:Reprodução/Imazon

diminuição do desmatamento na Amazônia em 2017 foi a grande responsável pelo cumprimento antecipado da meta voluntária de redução de emissão de carbono no país, que era prevista para 2020. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (9) durante reunião do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima.

De acordo com os números, a queda nos índices de desmatamento no ano passado na Amazônia permitiu uma redução de 610 milhões de toneladas nas emissões de dióxido de carbono na atmosfera. O gás é o grande responsável pelo efeito estufa. Já o cerrado contribuiu com a redução de 170 milhões de toneladas de CO².

A diminuição do desmatamento nos dois biomas combinados permitiu o resultado positivo do Brasil.

A meta voluntária a ser alcançada pelo Brasil em 2020 era de uma redução de emissões de 564 milhões de toneladas de dióxido de carbono na Amazônia e de 104 milhões de toneladas no Cerrado.

Essa meta foi assumida voluntariamente pelo Brasil em 2010, junto à Convenção de Mudança do Clima, segundo explicou o Secretário de Mudança do Clima e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Thiago Mendes: “O que o Brasil se comprometeu em 2010 foi com a redução do desmatamento com base nessas reduções de emissão de toneladas de CO² equivalentes”, explicou.

“Enquanto o mundo questiona se é possível ter a qualidade ambiental e o crescimento econômico, o Brasil apresenta que é possível reduzir as emissões e, de fato, ter desenvolvimento econômico”, acrescentou Thiago Mendes.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, além da redução do desmatamento, os principais fatores que permitiram antecipar o cumprimento da meta foram a gestão de áreas protegida e o Cadastro Ambiental Rural.

Durante a apresentação dos dados, o presidente Temer assinou documento solicitando que o Fórum Brasileiro de Mudança do Clima elabore uma proposta detalhando as ações necessárias para que o Brasil atinja a meta de zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa a partir de 2060.

A proposta deverá ser entregue em quatro meses, baseada em estudos e debates entre os diversos setores da sociedade civil, do terceiro setor e da academia.

Em discurso, Temer disse que a questão ambiental ganhou grande relevância nas últimas décadas e ressaltou que isso mostra a compreensão de governos e da sociedade de que “a preservação do meio ambiente é a preservação da vida”.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

COPs 16 e 29: sem urgência diplomática, não saem recursos comprometidos para salvar as florestas

"A aceleração da perda da natureza globalmente está corroendo a capacidade dos biomas de fornecer esses serviços vitais. Adotar medidas para restaurá-los, protegê-los e conservá-los é agora uma prioridade global crítica".

Leia também

Publicidade