Outra preocupação é a segurança alimentar dessa população, pois da produção da mandioca são feitos produtos como farinha, tapioca e tucupi
Após aumento nas doenças causadas pelo cultivo de mandioca em solo indígena, o Governo do Amapá decretou situação de emergência em 5 terras indígenas do município de Oiapoque, extremo norte do Estado. O decreto, que toma como base estudos da Embrapa que apontam contaminação das terras, foi assinado no dia 21 de julho de 2023.
A Embrapa identificou três tipos de pragas que atingem plantações inteiras da raiz.
“Foram identificados micro-organismos que ocorrem naturalmente em solos, com potencial para atacar plantas de mandioca. Não fazem mal à saúde humana, mas sim para a planta”,
diz a pesquisadora Cristiane Ramos de Jesus, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Amapá.
A decisão foi acertada entre lideranças indígenas, Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Embrapa, de acordo com o Governo do Estado. “É um decreto para enfrentar, não queremos assustar a população. Solicitamos no início deste mês de Brasília (DF) um auxílio federal para combater as pragas”, disse o governador.
Outra preocupação, é a segurança alimentar dessa população, pois da produção da mandioca são feitos produtos como farinha, tapioca e tucupi, sendo as principais fonte de renda e alimentação desses povos.
Apesar do colapso, o governo garante que outros produtores do estado irão fornecer o produto para alimentação da população. A partir do decreto, equipes de assistência social e técnicos da Embrapa irão até as plantações realizar estudos técnicos e adotar medidas de combate às pragas.
*Por Mariana Ferreira, do g1 Amapá