Foram registrados 28.060 focos de incêndios na Amazônia, índice que desde 2019, vem crescendo em comparação aos anos anteriores
Os dados registrados entre janeiro e agosto apresentaram um resultado diferente dos períodos entre 2019 a 2021 e 2011 e 2018. De 1 a 31 de agosto, foram registrados 28.060 focos de incêndios na Amazônia, índice que desde 2019, os números de queimadas tiveram um crescimento maior do que nos anos anteriores.
“O custo das recentes políticas ambientais está alto. A destruição do meio ambiente agrava a crise climática e compromete um futuro equilibrado. Não podemos ignorar que essa realidade está atrelada a um desmonte ambiental em curso, que favoreceu também o desmatamento, que apresenta números recordes em 2021. Segundo o DETER, o desmatamento acumulado entre agosto de 2020 e julho de 2021 foi o segundo maior desde pelo menos 2015”, ressalta Mauricio Voivodic, diretor executivo do WWF-Brasil.
O número ultrapassou a média histórica de 26.663 focos para agosto, considerando o terceiro maior índice para o período desde 2010, perdendo para os anos de 2019, com 30.900 e 2020, com 29.307. O ano de 2021 ocupa a terceira posição da média.
No ranking dos estados, o Amazonas encabeça a lista, com 8.588 focos, o que representa 30,6% do total. Com a cifra, o estado bateu o recorde histórico para o mês nesta unidade da federação.
Amazonas é seguido pelo Pará, com 7.853 (28%), Rondônia, com 4.319 focos (15%), Mato Grosso, com 3.765 focos (13%), Acre, com 3.185 (11%), Maranhão, com 267 focos (1%), Tocantins, com 45 focos (0,2%), Amapá, 19 focos (0,1%) e Roraima, também com 19 focos (0,1%).
A alta no número de focos acontece em meio à proibição do uso do fogo, decretada pelo Governo Federal no dia 29 de junho. Pelo documento, nenhuma queima está autorizada até o final de outubro na Amazônia ou Pantanal. Nos demais biomas, somente em casos autorizados pelo órgão ambiental responsável.
Em relação aos focos de queimada acumulados desde o começo do ano até 31 de agosto, a Amazônia soma 39.427 registros. Em 2020, o mesmo período teve 44.013 focos de queimada.