Organização do Tratado de Cooperação Amazônica dialoga com instituições de Manaus

Foto: Paulo Mindicello/Inpa
Aproximar e estreitar as relações com governos e organizações do Amazonas que trabalham com desenvolvimento sustentável e social no âmbito da bacia amazônica. Estes foram os objetivos de uma reunião realizada pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (Opens external link in new windowOTCA), na tarde desta quarta-feira (14). A reunião aconteceu no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus.
A OTCA é um bloco socioambiental formado por oito países que partilham o território amazônico: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. A proposta do encontro ‘Diálogo local – atividades da OTCA, desafios e planos futuros’ visa ainda ouvir os agentes locais para poder compartilhar e apoiar-se mutuamente em projetos e programas.
De acordo com a secretária geral da OTCA, a embaixadora Jacqueline Mendonza, um dos grandes potenciais que a organização tem para o Estado é por meio do Observatório Regional Amazônico, uma plataforma de gestão de informação e conhecimento sobre a biodiversidade amazônica.

Com o sistema, será possível acessar bancos de dados e sistemas de informações dos países membros, tornando o observatório uma importante ferramenta para tomada de decisões e formulação políticas públicas. “Estamos na fase de implementação desse observatório, e haverá uma infraestrutura física dele na sede da OTCA, em Brasília. Além disso, poderemos ter núcleos em cada um dos estados e sítios que temos trabalhos, como o Inpa, em Manaus; e instituições em Belém; Iquitos (Peru) e Letícia (Colômbia)”, adiantou Mendonza.

Como fórum permanente de cooperação, intercâmbio e conhecimento, orientado pelo princípio da redução das desigualdades regionais entre os países membros, a OTCA existe há quase 40 anos. De 2011 a 2018, a organização trabalha em uma agenda estratégica de cooperação que possui 254 atividades.

Entre as áreas de interesses estão o fortalecimento da cooperação regional para o desenvolvimento da sustentabilidade da Amazônia, a promoção da cooperação sul-sul a fim de diminuir as assimetrias entre os países e a colaboração com instituições regionais para conseguir uma maior coerência. Alguns projetos são desenvolvidos com essa finalidade, como Recursos hídricos e mudanças climáticas e Monitoramento da cobertura florestal na região amazônica.

Para o diretor do Inpa, Luiz Renato de França, a OTCA tem importância e potencial inquestionáveis. “Agora, estamos ávidos para que as ações progridam. Vislumbro oportunidades grandiosas, por exemplo, através de ações regionais com o programa Pró-Amazônia, realizado na fronteira em parceria com o Exército, os nossos programas de pós-graduação, entre tantas outras ações”, destacou.

Além de França e Mendonza, participaram da reunião o diretor executivo da OTCA, Ministro César Augusto De lãs Casas Diaz; o diretor administrativo, Antonio Matamoros; o coordenador de Ciência, Tecnologia e Educação, Roberto Sánchez Saraiva; a superintendente da Suframa, Rebecca Garcia; o embaixador da Guiana no Brasil, George Wilfred Talbot, além de representantes da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e governo do Amazonas.
“Enxergo uma gama de oportunidades, e gostaria de apresentar, numa próxima reunião, como a Suframa trabalha, além de mostrar o nosso novo projeto, o Zona Franca Verde”, disse Rebecca Garcia.
Conforme a Suframa, o projeto Zona Franca Verde (ZFV) busca potencializar a industrialização de produtos de preponderância de matéria-prima regional nas áreas de livre comércio dos estados de abrangência da autarquia.
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