Bolívia quer usar logística de Rondônia para ampliar importações e exportações para o mundo

Reunião do vice-governador de Rondônia e o ministro da Defesa da Bolívia. Foto: Divulgação/Governo de Rondônia

O vice-governador de Rondônia, Daniel Pereira, recebeu na sexta-feira (14), em seu gabinete no Palácio Rio Madeira, o ministro da Defesa da República da Bolívia, Reymi Ferreira Justiniano, com quem tratou de assuntos econômicos variados, em especial sobre a abertura de um corredor de exportações capaz de integrar o País vizinho ao mercado mundial.

Em quase duas horas de uma amistosa conversa, eles trataram da possibilidade do incremento e melhoria das relações comerciais entre a Bolívia e Rondônia, destacando as necessidades de cada um e o compromisso de ampliar essas relações. Três temas básicos nortearam o diálogo entre as autoridades: O transporte de madeira e castanha da Bolívia até o porto de Porto Velho, a importação de combustível venezuelano para a Bolívia utilizando a estrutura de logística de Rondônia e a importação de sal da Bolívia.

A impressão que ficou foi a melhor, como bem disse o ministro boliviano. Se confirmada a utilização da rota rondoniense para o transporte de combustível da Venezuela, os custos e o tempo serão reduzidos consideravelmente, tendo em vista que atualmente para chegar à Bolívia o combustível venezuelano enfrenta todo o percurso da costa do Oceano Atlântico, passando pela Argentina até seu destino no País vizinho, revelando num desperdício enorme de tempo e dinheiro.

O ministro que visitou também o porto organizado de Porto Velho (Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia – Soph) – e pôde acompanhar por vídeo o embarque, desembarque e a exportação de uma carga de madeira boliviana, mostrou-se satisfeito com toda a estrutura e com os níveis de segurança das cargas, levando-o a reconhecer a oportunidade e a possibilidade concreta de escoar pelo Brasil (Rondônia) seus produtos exportáveis.

Pelo lado rondoniense, o vice-governador Daniel Pereira vislumbrou a possibilidade da importação de sal do País vizinho, destacando o nível de consumo rondoniense para complementar a alimentação bovina de mais de 14 milhões de cabeças – sal e nutrientes minerais. Falou também da perspectiva de mercado que se abre na Bolívia, que pode importar de Rondônia uma série de bens e serviços, a começar pelo calcário, fertilizantes, máquinas e implementos agrícolas, entre outros, consolidando e ampliando assim as relações comerciais entre ambos.

Disse também que a ampliação dessas relações, entre tantos benefícios, propicia ainda uma espécie de intercâmbio de conhecimento, que pode levar e trazer estudantes e especialistas de ambos os lados para realização de estudos e estágios nas mais diversas áreas de conhecimento, de modo que seja importante e proveitoso econômico e culturalmente para Rondônia e a Bolívia.

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