Avião da Chapecoense voava com plano irregular e sobrecarga

Avião com delegação da Chapecoense e jornalistas caiu na madrugada do último dia 29 de novembro, na Colômbia. Foto: Ralph Quevedo/Fotos Públicas

O avião que levava o time da Chapecoense tinha um plano de voo irregular e estava com sobrecarga no momento do acidente, na madrugada de 29 de novembro, informaram nesta segunda-feira (26) as autoridades da Colômbia.

Em uma coletiva de imprensa, representantes da Aeronáutica Civil anunciaram que a aeronave da companhia LaMia viajava com carga extra, mas que esta não foi a principal causa do acidente que matou 71 pessoas, entre elas jogadores, dirigentes esportivos e jornalistas em Medellín.

O fato determinante para a tragédia foi a falta de combustível, a chamada ‘pane seca’, segundo o resultado da investigação preliminar apresentada hoje. O secretário de Segurança Aeronáutica da Colômbia, Freddy Bonilla, disse que o plano de voo era inadequado porque deixou de levar em consideração o tempo de viagem e a autonomia de voo para garantir a quantidade necessária de combustível.

Bonnila também afirmou que a gravação da cabine do avião CP-2933 mostrou que o piloto Miguel Quiroga e a copiloto Sysi Arias, que morreram na queda, cogitaram uma escala em Letícia, na Colômbia, ou em Bogotá, em função do combustível estar no limite.

No entanto, decidiram não fazer. As autoridades aéreas colombianas atribuíram a culpa à Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia (AASANA) por ter aprovado o plano de voo da LaMia. Elas também disseram que o piloto sabia que o avião não tinha combustível extra para emergência e que voava com sobrecarga.

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