“Não defendemos uma mudança de regime ou a retirada do governo do presidente Nicolás Maduro. Defendemos que eles retornem à Constituição. Na história da Venezuela, como na história de outros países da América Latina, muitas vezes são os militares que lidam com isso”, disse ao ser questionado em um evento na Universidade do Texas nesta quinta-feira (1).
“Quando as coisas estão tão mal assim, quando a liderança militar entende que ele [governo] não pode mais servir aos cidadãos, eles tentam uma transição pacífica. Se isso acontecerá ou não, eu não sei”, concluiu.
Segundo Tillerson, “o regime corrupto e hostil de Nicolás Maduro na Venezuela se agarra a um falso sonho e a uma visão antiquada da região que já causou desilusão em seus cidadãos”.
Essa não é a primeira vez que o governo de Donald Trump defende uma intervenção militar contra Caracas. No ano passado, quando a crise política venezuelana se agravou com a convocação e a posse de uma nova Assembleia Constituinte, Trump falou abertamente sobre um golpe militar no país.
No entanto, mesmo sendo duros críticos de Maduro, todos os governos latino-americanos rechaçaram a ideia, defendendo uma solução dentro da democracia para restabelecer a ordem na Venezuela.
Viagem para América Latina
Tillerson inicia nesta sexta-feira (2) seu giro pela América Latina. Hoje, ele vai para a Cidade do México e deve ter como pauta a “ingerência” de chineses e russos na economia da região, a qual classificou como “alarmante”. Depois dos mexicanos, o secretário de Estado ainda irá para Argentina, Colômbia, Jamaica e Peru. Já o Brasil foi deixado de fora da visita oficial.