X-Pio: o sanduíche que virou tradição em Parintins e conquista gerações

O X-pio foi criado nos anos 1990 por Paulo César Luz, que, ao retornar de Belém, decidiu inovar no cardápio popular de Parintins.

Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

Em meio às cores vibrantes, toadas marcantes e a energia contagiante do Festival Folclórico de Parintins, um sabor em especial atravessa gerações e se tornou uma verdadeira instituição local: o X-Pio. Feito com pão bola, queijo, presunto, alface, tomate, pepino, repolho, batata palha e, claro, o protagonista, o ovo, o sanduíche é parada obrigatória para quem visita a Ilha Tupinambarana.

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O lanche foi criado nos anos 1990 por Paulo César Luz, que, ao retornar de Belém (PA), decidiu inovar no cardápio popular da cidade. Na época, os sanduíches mais comuns eram o ‘x-ovo’ e o ‘x-egg’. A brincadeira com o som do “pio”, feito pelo pintinho que sai do ovo, deu nome ao X-Pio, um toque bem-humorado e criativo que caiu no gosto do povo. A receita simples e saborosa logo se tornou um fenômeno.

Hoje, mais de 30 anos depois, o X-Pio segue firme como símbolo gastronômico de Parintins, agora sob o comando de Tamires Luz, sobrinha do criador e atual proprietária do empreendimento Rei do X-Pio.

“Eu trabalho há quatro anos aqui, mas o X-Pio já está há mais de 35 anos no mercado. Quem vem a Parintins quer comer um X-Pio, é tradição!”, contou Tamires, com orgulho.

O lanche foi criado nos anos 1990 . Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

O sanduíche passou por pequenas evoluções ao longo do tempo. A mãe de Tamires, que assumiu o negócio por um período, incluiu um toque especial: batata palha artesanal, que intensificou ainda mais o sucesso do X-Pio. Hoje, devido ao custo, a batata usada é industrial, mas os demais ingredientes permanecem fiéis à receita original. “O sabor continua o mesmo”, garantiu Tamires.

Durante o Festival Folclórico, a demanda pelo sanduíche se multiplica. Visitantes de todo o Brasil chegam curiosos para experimentar o famoso X-Pio, muitos saem pedindo uma filial em suas cidades.

“As pessoas não encontram esse sabor em nenhum outro lugar. O pepino e o repolho, por exemplo, são diferenciais que surpreendem. Eles dão um toque único, como no sushi”, explicou a empreendedora.

A demanda pelo sanduíche se multiplica durante o Festival de Parintins.Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

Origem do nome

Além da homenagem ao tio criador do sanduíche, o nome Rei do X-Pio também faz referência ao pai de Tamires, o saudoso Rei Azevedo, que foi amo do boi Caprichoso. A junção das homenagens dá ainda mais valor emocional ao negócio.

“As pessoas diziam ‘vamos no lanche do rei’. Eu juntei o útil ao agradável e criei o Rei do X-Pio. É uma honra continuar esse legado”, afirmou.

Com olhar empreendedor, Tamires reformou e ampliou o espaço do estabelecimento, garantindo mais conforto para os clientes. Ela também buscou capacitação, por meio de cursos como o Empretec, e sonha alto. “Tenho um projeto para expandir, sim. Mas primeiro quero consolidar ainda mais aqui. O X-Pio nasceu em Parintins, e é daqui que ele seguirá encantando o Brasil”, contou.

Entre toadas e alegorias, o sabor do X-Pio segue firme como patrimônio afetivo e culinário da cidade. Mais do que um sanduíche, é uma história de tradição, inovação e amor por Parintins.

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