A abertura da edição 2024 do “Amazônia Que Eu Quero” aconteceu na noite desta segunda-feira (13) no auditório do Sebrae Amapá, em Macapá. O evento contou com a participação de autoridades, estudantes, pesquisadores e de convidados que debateram os caminhos para o desenvolvimento sustentável da região.
O pesquisador José Carlos Tavares, da Universidade Federal do Amapá (Unifap), destacou o uso de recursos da floresta para a produção de fármacos, área que tem ganhado cada vez mais notoriedade no cenário internacional.
“Debater a questão do aproveitamento da biodiversidade pra descoberta de novos fármacos é extremamente importante. Quando nós pensamos na Amazônia, nós temos que discutir que estamos num celeiro em termos de riqueza pra obtenção de novos fármacos”, destacou o pesquisador.
Para Amiraldo Picanço, presidente da Cooperativa dos Produtores Agroextrativistas do Bailique e Beira Amazonas (Amazonbai), o estado se destaca por possuir áreas preservadas.
“O Amapá é um estado altamente preservado, então discutir bioeconomia é discutir o desenvolvimento sustentável é fundamental nesse momento tão importante que a humanidade vem passando”, descreveu o presidente da cooperativa.
João Capiberibe, diretor do empreendimento Flor de Samaúma, descreveu as potencialidades da Amazônia, e a importância da conservação para a geração de recursos.
“A Amazônia que queremos é a Amazônia preservada, com a floresta em pé. Um evento como este é capaz de conscientizar a nossa sociedade no sentido de transitarmos para uma nova economia, a da biodiversidade. É na floresta que estão as espécies que nos permitem montar uma poderosa indústria de cosméticos, fármacos e também alimentícia”, disse Capiberibe.
Sobre o Amazônia Que Eu Quero:
Concebido em 2018, o Programa ‘Amazônia Que eu Quero’ é uma iniciativa da Fundação Rede Amazônica e Grupo Rede Amazônica que tem por objetivo promover a educação política por meio da interação entre os principais agentes e setores da sociedade.
“O objetivo principal é propor soluções, pensar e discutir caminhos pra temas estruturantes da Amazônia. A gente entende que a bioeconomia é o maior recurso que a gente tem hoje voltado para uma matriz econômica verde”, destacou Débora Holanda, coordenadora do programa.