Perceber a missão e focar no seu cumprimento exige sabedoria e disciplina. Dá para fazer além, mas é preciso antes cumprir a missão. Infelizmente, é muito fácil desviar-se dela e confundir os meios com os fins.
– Aqui está Majestade, disse o primeiro filho. Depois de longa jornada e procura, entrego-lhe mais do que o trevo da sorte. Ele representa o passado, o presente e o futuro. Possui três folhas e é muito raro. É o símbolo das forças da natureza e é chamado de Trevo Sagrado.
– Majestade, o senhor merece mais do que o Trevo Sagrado, apressou-se o segundo filho. Trouxe-lhe o Trevo de Deus, o único de cinco folhas. Não existe outro em todo o universo e somente ele está à altura de sua força e sabedoria.
O terceiro filho, nada disse. Curvou-se diante do Rei e lhe entregou o trevo de quatro folhas, conhecido como o trevo da sorte. Foi aclamado o futuro rei. Ele havia cumprido a missão: trazer o trevo da sorte, o trevo de quatro folhas. Não o de três, o Trevo Sagrado. Não o de cinco, o Trevo Divino. Perceber a missão e focar no seu cumprimento exige sabedoria e disciplina. Dá para fazer além, mas é preciso antes cumprir a missão. Infelizmente, é muito fácil desviar-se dela e confundir os meios com os fins.
Toda tarefa existe para alguma finalidade, que é a sua missão. Ela é atribuída de alguém para alguém. Vale, por exemplo, para quando enviamos um estagiário para realizar determinada atividade.
O mesmo acontece com um cargo. Um dia a empresa criou, num outro exemplo, aquela gerência, com uma determinada finalidade, que é a missão desta gerência. A missão será sempre maior do que as suas funções ou atribuições. Como descobrir a missão de seu cargo?
Um outro nível de missão são os papéis como pais, mães, maridos, esposas ou em nossas profissões, como empresários, professores, consultores, enfermeiros…etc. Qual a nossa missão em nosso papel na profissão? Talvez não seja difícil descobri-la.
Tarefas e papéis têm as suas missões, mas precisam estar subordinadas a uma missão no nível ainda maior, a da nossa existência, como seres únicos e como seres humanos. Pessoas e empresas se aproximam da felicidade, quando se aproximam do cumprimento da sua missão. Como descobrir, intuir ou perceber a nossa missão?
No caso dos irmãos que disputavam o reino, a resposta estava no comando do Rei. E para nós e para as empresas, como descobrir? Vamos refletir sobre isto e seguirmos na próxima semana?
Sobre o autor
Julio Sampaio (PCC,ICF) é idealizador do MCI – Mentoring Coaching Institute, diretor da Resultado Consultoria, Mentoring e Coaching e autor do livro Felicidade, Pessoas e Empresas (Editora Ponto Vital). Texto publicado no Portal Amazônia e no https://mcinstitute.com.br/blog/.
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